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domingo, 12 de dezembro de 2010

A Contorcionista


Deixa pra lá. De repente tudo ficou fora de ordem e eu não consigo mais colocar nada no lugar. Parece que tudo que tem pra dar errado de repente dá. Eu cansei, deixa pra lá.
Se tudo tá uma bagunça e eu tento arrumar o tempo todo, mas existem umas 30 pessoas desfazendo tudo que faço, nadando contra a maré. E eu fico sozinha lutando contra todas elas, não dá.
Eu não sabia que o mundo era difícil, meus problemas sempre tão pequenos talvez tenham me cegado por um tempo. Meu mundo tão cor-de-rosa, com problemas tão graves quanto a festa que eu deixei de ir. O mundo é complicado pra caramba. E quando ele resolve conspirar contra você, é de sentar e chorar. Sempre fui dramática, mas as noias de agora são determinantes pro que eu quero pra todo o resto da minha vida; então você não tem como ter idéia do quão isso é grave pra mim.
As pessoas, os lugares, os papos. Meu Deus, eu mudei tanto. Mas parece que nada, nada que eu faça é suficiente. Mudei atitudes, mudei convicções, mudei de destino, de presente, de passado e de futuro. Mas não agrado. Sei que nunca, nunca, nunca vou agradar. Por mais que eu me contorça como a menina de maiô roxo no circo. Por mais que eu me parta em pedaços, como fez o mágico com a assistente. Por mais que eu faça papagaices, solte piadas e pinte o nariz de vermelho. Não! É que o ponto crucial de tudo isso tá muito além. Muito além do meu jeito de ser.
E realmente, eu não sou especial, não sou diferente. Nunca fui. Vou ser, ainda vou. Mas nunca fui. Sou mediana, em quase tudo. Eu posso me esforçar daqui pra frente, mas como posso me esforça daqui pra trás? É impossível. E apesar de ser mediana, sou transparente. Então, acho que nunca escondi nenhum de meus atributos, sejam eles invejáveis ou não.
De repente me sinto como a menina que roubava livros... Sozinha, dentre todas as ruínas com um livro na mão. A única fuga pros dias que a única vontade que existe é chorar no colo da mãe, mas a gente percebe que já tá muito velha pra isso.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Enquanto eu tento caber no mundo.


Eu fico aqui me perguntando se eu fiz ou falei algo de errado e se é assim - tão grave - eu ser meio estabanada - e perdida.

É que a mulher é sempre mais meiga e cuidadosa, delicada, mansa e organizada. Mas eu não. Sempre fui o inverso. Sou descuidada, nervosa, desorganizada e não tenho o mínimo de coordenação motora. Quebro, derrubo, esbarro, desmancho, bato e me machuco. Pode procurar, eu sempre vou ter uma mancha rocha e um arranhão pelo corpo. Exemplo? Lembra da minha unha do dedão? Roxa, por eu ter deixado cair um suporte para panelas (de ferro!!!) no meu pé.

Não sei, parece que atraio certas coisas.

Nunca fui vaidosa e tenho sorte porque, de uma forma impressionante, sou harmônica. Mas é esse o meu jeito. Sei que não é o melhor nem nunca vai ser, mas eu gosto de mim assim mesmo. Se é pra ter um defeito, antes o desastre do que a falta de caráter.

Não sei se meus defeitos são maiores que as virtudes. E também não acho tão grave assim ser destrambelhada. Eu sou grande, ocupo muito lugar no espaço. A chance de alguma coisa ao meu redor esbarrar em mim é maior.

Sempre fui exagerada! Na comida, na conversa, no tamanho, Sempre comi mais que minhas amigas, sempre fui a mais alta, mais comunicativa e mais chorona. Sempre gostei mais do mais do que do menos. Meu copo sempre vai estar meio cheio. Meio vazio não existe! Meio vazio é menos que nada e isso é muito negativo pro meu gosto.

Enquanto eu tento caber no mundo acho que ele se transforma pra que eu possa caber nele.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Uma estranha no ninho.


Os olhos foram ficando pesados e cheios até que um deles transbordou, era apenas um tiro anunciando a largada de inúmeras lágrimas desenfreadas que disputavam corrida pelo meu rosto. Eu chorei de soluçar. De apoiar o rosto nas mãos e desejar sumir. Logo os olhos ficaram vermelhos e minha boca - que me trai a todo instante - parecia que ia pegar fogo. Seu vermelho intenso reluzia; e tremia.
Eu tentava entender a quanto tempo eu tinha me tornado uma estranha dentro da minha própria casa. Tentava saber quanto tempo eu tinha me transformado naquele terrível monstro que pintavam. Eu conversei com Deus em frente ao espelho, como tantas vezes fiz quando - durante a adolescência - sentia meu mundo desabar. Mas ele não me deu respostas, não hoje.
Mesmo depois dos olhos inchados e um belo nariz de palhaço aquilo tudo parecia doer ainda mais. Era ruim me sentir assim. De onde brotavam tantas lágrimas? Parecia que vinham do coração, pois quanto mais eu chorava mas o sentia seco e dolorido. Talvez fosse mesmo melhor apenas calar a boca e cerrar os dentes.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Amor só é bom quando é pra sempre.


Não foi preciso entender quem era você pra me encantar. Quando após me beijar você falou: “Eu sempre achei teu sorriso lindo, e agora eu tô beijando ele”. Pronto. Ali as coisas começaram a acontecer. Sempre presente, sincero e divertido. Eu que tinha ficado tão acostumada a ser solteira me vi dizendo sim pro seu ‘quer namorar comigo?’ Eu ainda não sabia (de verdade) quem era você, mas depois de seis anos eu tinha vontade de descobrir quem era alguém. Sabe amor, nunca fiz uma escolha tão certa em toda a minha vida. Agora vai fazer um ano do nosso primeiro beijo. Um ano que conheci tua delicadeza e teu jeito encantador de me beijar. A gente parecia tão diferente e agora somos tão iguais. Você é tudo pra mim. Só enxergo meu futuro com você do lado. E você vai estar lá. Você é minha vida, é meu abraço, meu conforto, minha razão. É meu sorriso meio bobo e lindo, é meu carinho e meu ombro pra chorar. É minha mão, minha briga que sempre termina em sorrisos e carícias, minha alegria. Minha namorado hoje e amanhã minha família.

Ao seu lado.


Clara levantou, o sol que invadia seu quarto começava a queimar-lhe a pele e não mais lhe aconchegava. Ela tinha uma aparência triste, mas na verdade estava só cansada. De quê? Nem ela mesmo sabia. Às vezes parecia que as coisas chatas e sem graça se reuniam para acontecer de uma só vez. Tudo ficava estranho e monótono. O mundo tinha cor, mas não tinha graça.

Nessas horas só havia um refúgio que tantas vezes esteve guardado dentro dela, mas agora tinha criado forma e se exteriorizado. Seu refúgio nesses momentos de fraqueza era o amor. Aquele em forma de poesia que te abraça e diz que te ama. Aquele amor tão grande que dói um pouco. Aquela dor que não incomoda, que chega a ser gostosa. Sim, só lhe restava amar aquela pessoa que lhe enchia de força e de vida. Que a fazia ter certeza que as coisas vão dar certo pra sempre. Que a felicidade não acaba nunca, ao lado dele tudo ganhava cor novamente.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sonhar.


Ouvi dizer que viver é melhor que sonhar, mas isso não pode ser tido como regra.
E aquela criança que passa fome e não tem os pais, ou aquelas que ainda os têm mas que de nada servem?
Viver é melhor que sonhar para os que não têm fome, para os que não têm sede, para os que têm onde morar. Para todos os outros lhe resta, com sorte, sonhar.

Saudosismo.


Hoje tive que aocmpanhar meu irmão ao colégio, onde ele cursa a quinta série.
Cansada, ressacada. Fui dormir às 3:00 da madrugada após chegar de uma farra. Acordei duas horas depois para trazê-lo e esperar até que ele terminasse suas provas semestrais.
Bem, confesso que fiquei com saudades dos tempos de escola, das cinco instituições de ensino que passei, dos amigos que fiz, e me esqueceram, dos amigos que o tempo tratou de afastar, dos meninos que eu cheguei a amar.
senti saudades das peças apresentadas a cada unidade e daquele cheiro de tinta, a pintar meu rosto. A tia com mãos e traços tão delicados dando vida a alguma boneca ou coelhinho da páscoa. O frio da tinta na ponta do nariz.
Senti saudades de quando eu brincava de ser bailarina e rodopiava pelas ruas em desfiles da escola. Onde eu era sempre a princesinha principal. Saudades da hora do lanche e do cheiro de lancheira cor-de-rosa.
Depois eu senti falta do novo colégio, grande, aquele em que eu me perdia. A lapiseira-borracha-espanadorderestodeborracha-espelho (Nossa! Era isso tudo mesmo!). Os garotos mais velhos, as brincadeiras, as tardes de trabalho em grupo, a sorveteria escondido dos pais.
E fui passando meu tempo, de escola em escola. Com novos amores, com novos amigos.
Teve o colégio de freira que foi o que mais me ensinou palavrão, os garotos quatro séries mais velhos, os grandes amores e as primeiras decepções.
Teve aquele colégio que só durou um ano, mas que compensava por ser no centro da cidade.

Existem pessoas que eu trago aé hoje no coração. Amigos, amores que conquistei ou que me conquistaram.
Teve o útlimo colégio que fiz grandes amizades, as que levo pra todo o sempre, as que sabem quem sou por baixo dos longos cabelos ondulados.
E,d e repente, o sinal tocou. O som dos gritos das crianças foi sumindo, o som das vassouras varrendo já tinha desaparecido foi dando lugar ao canto dos pássaros. E eu me lembri que nessa epoca tudo que eu queria era o que eu tenho agora. Sonhava em ganhar o mundo pelas portas da faculdade.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010


Não sei se a autoria está correta. Também não quero, aqui, gerar um polêmica ou 'retrucar' esses lamentáveis episódios que estão acontecendo. Mas gostei do texto, e mais ainda como Nordestina/ Pernambucana que sou! Nós sabemos que esses são casos isolados e que o povo brasileiro é muito mais que essas bobagens que andam circulando por aí.


O respeito, é e sempre vai ser o melhor caminho!


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"A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.


Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra… outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.


Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.


Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos “amigos” Houaiss e Aurélio) do nosso país.


E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!


Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!


Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?


Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?


Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?


Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!


E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.


Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.


Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…


Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…


E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…


Ah! Nordestinos…


Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?


Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.


Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!


Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!


Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!


Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!


Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!


Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.


Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.


Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”


Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!"




Por: José Barbosa Junior

domingo, 3 de outubro de 2010

Esse medo.



Existem algumas coisas no mundo que são irresistíveis – ao menos para mim.

Tua barba arranhando no meu rosto, o cheirinho do teu pescoço, teu beijo cheio de desejo. Existem coisas que eu não resisto, como: ter ciúmes de você.

Pra mim é difícil de reconhecer isso, já que eu nunca tive ciúmes assim. Mas é que eu nunca amei assim, na verdade eu nunca amei.

Eu olho pros teus olhos e tento não ter medo, mas é inevitável. Apesar de toda certeza que tenho, toda segurança que a gente se ama, ainda assim o medo alguns dias se instala, senta e cruza os braços, como se fosse tão dono de mim quanto você.

Esse medo que eu nunca tive porque eu nunca tive nem nunca fui de ninguém. O medo por ser tão de alguém e acabar por nem ser minha.

Logo eu, que nunca tive medo desse medo, porque tinha certeza que ele nunca o sentiria.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sete.


Se fosse uma semana seriam sete, dias.

Se fosse uma gestação seriam sete, semanas.

Se fosse julho seriam sete, meses.

Se fosse uma criança seriam sete, anos.

Se fosse um gato seriam sete, vidas.

Se fossem capitais seriam sete, pecados.

Se fosse um segredo seria a sete, chaves.

Se fosse uma família seriam sete, irmãos.

Se fossem tentativas seriam sete, vezes.

Se fosse uma escada seriam sete, degraus.

Se fosse um jogo seriam sete, níveis.

Mas somos só nós dois.

Eu, você e ninguém mais.

São sete meses, dia a dia, todas as semanas.

Serão mais sete anos, nossas vidas.

Com pecados?

Alguns, às vezes. Guardados a sete chaves, irmãos dos desejos e da carne.

É o sétimo degrau do nosso amor, apenas o sétimo nível.

Eu te quero pra sempre, com seu sorriso sincero, com seus olhos amáveis, com seu abraço apertado.

São sete meses, amor.

Os sete mais maravilhosos do mundo.

E então eu posso resumir o que sinto em sete, letras: EU TE AMO.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Só hoje.


Eu sei que mais ou menos dia essa tristeza vai passar.
Eu vou voltar a sorrir até as bochechas doerem e vou te ameaçar de novo, pela décima vez.
Eu sei que esse cansaço vai acabar, que eu vou querer mais do que minhas pernas podem alcançar.
Mas agora deixa eu curtir esse baixo-astral, esse desânimo, essa coisa sem graça que foram os últimos dias e hoje, em especial. Me deixa desejar que eu ainda pudesse deitar no colo da minha mãe e chorar, dizendo que perdi meu lápis de cor vermelho. E ali mesmo adormecer enquanto ela cantava uma cantiga de ninar.
Hoje eu só quero ser fraca e poder demonstrar fraqueza pra quem quiser ver. Virar até artista de circo por isso. Hoje, deixa quem quiser ver que eu choro sim. E que meu nariz e minha boca ficam vermelhos, enquanto os olhos inundam.
Hoje me deixe dormir soluçando, amanhã quem sabe até acordo cantando. Mas hoje, me deixa ser eu.

Desonestidade.



Odeio fingir.

De verdade, odeio hipocrisia. Sorrir pra agradar me dá dor nas bochechas.

Sim, sou política. Acho que minha personalidade nunca tinha sido tão bem descrita. Agrado aqui, agrado lá. Tento cobrir três santos sem descobrir o quarto. Mas eu odeio falta de reciprocidade. Eu odeio levar alguém à sério quando não deveria ter levado. Na verdade, eu odeio me enganar com as pessoas.

É como se gritassem no meu ouvido: “ô babaca!”

Odeio ser acertada pelas costas. Odeio quando planejam contra mim e mais ainda quando eu não espero. Odeio ser surpreendida!

Eu to triste, mas eu não chorei. Sei que vou acabar fazendo isso, ainda que seja num momento em que não tenha motivos. Sei que vou escutar que é TPM. E sei também que existem coisas que a gente pode até pensar, mas não fala. Por respeito, por atitude, por poder mostrar a cara, abrir um sorriso e olhar nos olhos. E eu sou assim... Sou política e sei forçar sorriso, ainda que resulte em dores musculares. Mas eu nunca vou saber fingir um olhar sequer.

domingo, 25 de julho de 2010

O que guardei pra você.


Eu guardei mais que amor.

Guardei meus olhos e meus sorrisos, meus beijos, meus abraços... Guardei todos os meus sentidos.

Eu sabia que te conheceria um dia.

Esperança serve para esse tipo de coisa. Pra acreditar e esperar pelas coisas que não dependem exclusivamente da gente.

Então, como uma criança zelosa que cresce, mas não se desfaz dos seus brinquedos. Eu, como uma jovem sonhadora, guardei meus sonhos, pra te dar quando você chegasse. Alguma coisa me dizia que você saberia o que fazer com eles.

Eu coloquei tudo num baú. Guardei o cheiro de banho, a roupa fresca do verão, o casaco do inverno.

Joguei, lá no fundo do baú, os crimes que cometeria e todas as leis que eu não aceitava. Guardei cada lágrima, cada desejo (por mais íntimo que fosse). Guardei minha pele, meus sussurros, meus medos. Guardei minhas chances, meus erros, meus acertos. Eu escondi tudo de mim, tudo de todo mundo.

Ergui muros ao meu redor, queria apenas me proteger. Guardar o tesouro que eu tinha conquistado, mas que nunca foi digno de ninguém.

Como a menina sonhadora e iludida que acredita no príncipe que salva a Rapunzel na torre isolada, eu também acreditava que você me encontraria. E por mais que eu me escondesse, você farejaria. Você seguiria os rastros, só você entenderia.

Por isso eu guardei tudo. Nunca falei pra ninguém, nunca mostrei pra ninguém. Seria tudo seu, eu e todo o resto, assim que me encontrasse.

Durante muitos anos, muita gente fingia ser você. Algumas vezes vacilei, mas nunca me entreguei. Nunca, durante tantos anos, entreguei os pontos. Na hora de decidir, eu hesitava. E, com isso, sabia que não era você. Eu sempre soube que quando fosse você apenas uma coisa restaria no meu pensamento: É ELE!

Então eu esperei... Como um garoto paciente espera seu presente –tão desejado- de Natal. Eu esperei impacientemente.


E você chegou!


Disseram pra garota dos contos de fada que os príncipes nunca existiram. Ela acreditou.

Sorte minha que eu nunca acreditei em tudo que falam.

Sorte minha que eu esperei e acreditei.

Eu sempre soube que você existia.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quando se ama.


Como era simples escrever sobre aquelas paixões platônicas da adolescência. No começo das relações "amorosas" a gente se envolve tanto e tão pouco. A vida é latente, intensa e as coisas acontecem em frações de segundos. Começam e terminam em intervalo de dias. Acontece de tudo, a gente pensa que ama. Só ilusão. Sinto dizer que isso acaba, passa rápido com os anos, há quem nem note passar.
Isso tudo passa e vem uma coisa bem complicada. O amor! O amor maduro, construído, vivido. O amor amado. O amor cúmplice, o ciúme, a estabilidade.
O que dizer de um sentimento tão novo e tão antigo? O que dizer de um mundo tão lindo?
Nesta fase não me pergunto mais se estaremos juntos amanhã, eu confio que estaremos juntos nos próximos dez anos e mais vinte, mais trinta e pra sempre. O ciúme não é por medo de me sentir mais feia ou de ser trocada, o ciúme é por medo de perder o sentido e o prumo da minha vida. É por medo de me tornar descrente do mundo e de tudo. A felicidade vem por ser amada e sobretudo por poder amar.
Esse é o grande medo do amor. É que quando a gente ama, quando a gente ama de verdade, não fazemos planos, traçamos metas, desenhamos nosso destino com um só objetivo; o de construir nosso futuro. E uma pedrinha encaixada no lugar errado pode fazer tudo ruir.
É um risco que se corre. mas vale à pena, quando a gente ama.

sábado, 29 de maio de 2010

Excrucitante!


Se eu morro de ciúmes de você?

Não, acho que essa não é a frase mais apropriada.

Se fosse só ciúme, desses que toda menina apaixonada sente, era fácil de lidar.

Não é medo que você seja de alguém, medo de traição ou coisa assim. É muito além.

É medo de te perder da minha vida. Medo de me desgrudar de você. Medo de que esse sentimento possa ser destruído.

É medo de ficar sem você.

É medo de me decepcionar. A decepção destrói tudo e pode ser muito mais forte que o amor. A mágoa? Vive ao lado da decepção, praticando barbaridades nos corações desprotegidos.

A frase mais apropriada, talvez fosse: se a gente se perder, todo o resto perde o sentido.

Eu não sei se dá pra acompanhar o raciocínio. Acho que não me traduzo muito bem.

Ficar sem você, seria como perder uma parte de mim.

Ou, como Clarice diria, ‘como perder um dente da frente, excrucitante!’

Eu seria uma pessoa pior, sem escrúpulos, sem paz, sem esperança. Ficaria descrente de tudo. Dos olhos, do sentimento, do sorriso, das brigas, dos torpedos, das mãos dadas, do suor, do abraço quente, do amor olhando nos olhos, do fazer amor.


Se você me perder eu não te perdôo mais nunca!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Gordo, grande e lindo!


Às vezes dá medo da vida!
A gente se sente perdido, sozinho no mundo e no espaço.
Às vezes dá medo da gente. Do que a gente sente e do que os outros sentem pela gente.
Não sei. Calei-me, apenas isso.
Falar é atividade. Falar demais pode terminar em calamidade.
Aquietei-me.
Acho que me sentia cansada.
Dá tristeza, às vezes. Quando não dá pra ter certeza das coisas.
E quando as coisas vêm vindo, mas a ansiedade já está.
E a raiva de sentir o bicho-ruim chamado ciúme se instalando no corpo?
Corroendo cada pedaço, do dedo do pé a pontinha do cabelo?
Dá medo do canto, do espanto, de descobrir o que não dá, de perceber o que não quer ver.
Dá vontade de sair e deixar o portão escancarado.
Sair pra um lugar que não existe, qualquer um. Pode ser em Marte ou no Chuí. Pouco importa, mas ele não pode existir.
Sumir, por uma hora ou três.
Pra que quando perguntarem: “Cadê ela?” Respondam: “Quem? Não sei!”
Que me esqueçam, mas que o façam com o mínimo de decência.
Que as coisas mudem e sigam seu rumo.
Mas esse fulano. Esse cara estranho chamado amor, me segura.
E por ser grande, maior que eu, me sufoca, me estrangula. Cresce tanto que nem cabe mais em mim. Esse cara chato pesa tanto que me imobiliza.
Gordo e grande, o amor.
E dolorido, mas ainda assim, lindo!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Escolhas.


Ainda lembro do dia em que sentei-me nesse mesmo banco, sozinha. À espera de uma promessa. Uma promessa de vida nova, de vida mais leve e calma, uma coisa que eu não sabia que gosto tinha. Mas sentei-me, bem acomodada e esperei.

Era uma cidade nova, tranquila. Eu teria que abdicar de tanta coisa por ela, tanta gente. Dava medo. Mas era o que eu queria. Então, sentei-me e esperei pra ver no que dava.

Todos estavam em contagem regressiva para o carnaval, mas eu me encontrava alheia a tudo isso. Estava paciente, muito diferente. Eu só queria continuar ali sentada, com aquele vento fresquinho no rosto e o cheiro de alma lavada.

Foi quando ele sentou-se ao meu lado.

Sorriu, me deu um beijo. E perguntou se eu queria ficar ali pra sempre. Assenti. Ele colocou o braço por trás de mim e me apertou.

Há quatro meses sentei nesse banco, sem saber ao certo o que me esperava. Mas eu sentei e esperei, pacientemente. E olha, nem demorou tanto assim.

Há quatro meses eu resolvi arriscar e sentar, tirar o volume estridente da vida afim de deixá-la mais colorida, mais leve. Tirei a maquiagem pesada, o salto alto doentio e a consciência latejando, por noites tranquilas e dias que começam com um sorriso no rosto e uma ligação dizendo "Te Amo". Troquei finais de semana em que sair era obrigatório pra 'manter a aparência', por finais de semana inteiros em casa assistindo filme e trocando carinhos.

Acho que fiz uma boa troca. Arrisquei. E como dizia a minha avó: "Quem não arrisca não petisca!"

Eu troquei o nada que eu tinha, pelo tudo que tenho. Troquei a felicidade momentânea e instântanea, pela promessa de 'felizes para sempre'.

É que hoje li que felicidade é a mistura da sorte com algumas escolhas certas. E percebi que, quando resolvi me mudar pra essa nova cidade, fiz escolhas. Fiz escolhas certas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Meu exceto.



Meu exceto.

Todo certo. Como um mais um, são quantos mesmo?

Meu amor, meu lindo, meu tudo.

Meu melhor abraço, meu sorriso, a melhor coisa do mundo foi te conhecer.

Quando eu digo não, pra você pode ser sim.

Quando eu disser nunca, pra você pode soar como pra sempre.

Se eu nunca pensei, nunca planejei, com você é tudo tão diferente.

E quando eu disse eu te amo, foi a grande exceção de toda a história.

Amor? Eu pensava que nem existia.
Mas as coisas estão sempre lindas se você está por perto.

É meu exceto, minha exceção, por quem sou capaz de tudo.

É minha indecisão, a reclamação, a melhor coisa do mundo.

Quando eu disse que nunca amaria pra sempre, eu não sabia que havia uma exceção e que ela tinha seu nome.

E eu, que nunca fui de ninguém, exceto sua. Agora vejo que pra toda regra existe sempre uma exceção e que essa parte da história é sempre a mais colorida.

É meu exceto, é tudo certo como um mais um são dois.

Minha Velha.


Minha mulher, mãe, filha e amiga. Ela é tudo pra mim, tudo que eu sempre quis que alguém fosse.
Ainda lembro de quando nos conhecemos. Nós éramos tão jovens e achávamos que já tínhamos perdido tanto tempo.
Ela me ajudou em tudo. Todas as minhas vitórias, há 67 anos também são delas. Todos os meus planos, há mais de seis décadas são nossos.
Foi ela, minha linda, que me deu aquelas criaturinhas pequenas que um dia me chamaram de "papai". Criaturas teimosas e travessas que me encheram de orgulho. As mesmas que cresceram, ficaram maiores que eu e ainda por cima se multiplicaram - até hoje eu não consigo entender como isso aconteceu!
Ela esteve ao meu lado em todos os momentos, incluvive nas noites de pesadelo, nas quais me ninava como se eu fosse uma criança de colo. Ela que me amou como ninguém jamais poderia amar. Que sempre foi tão cúmplice, companheira. Que cuidou de mim.
E é graças a ela que hoje a casa está sempre cheia. São netos, são bisnetos. São nossos filhos, nossas crias, nossa família.
Sempre ela, ao meu lado, sempre. Sendo minha fortaleza, meu amparo, minha vida.
Hoje, dei o último beijo em sua testa. Parece que Deus precisa dela lá em cima pra que possa fazer as maravilhas que fez aqui na Terra, na minha vida.
Hoje, dei o último beijo em sua face...
Antes de ir ela me olhou, já cansada, mas com aqueles olhos lindos que nunca mudaram e disse: "Eu amo você, pra sempre. Você foi e é, o homem da minha vida. Cuide bem da nossa casa, vou te esperar aonde estiver. Sentirei saudades, mas não tenha pressa. Lembra? Nosso amor é eterno, meu querido!"
Depois disso, ela fechou os olhos e me deixou... Foi quando beijei sua testa pela última vez e uma lágrima escorreu dos meus olhos.
Perdi um pedaço de mim, minha alma se foi com aquela mulher, que foi - e é - minha vida. Minha velha.

Mãos.


"Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas."
Thomas Cray

quinta-feira, 6 de maio de 2010

É o que quero.


O que eu quero de você?

Olha, eu quero muito pouco. Eu só quero tudo. Não faço milhões de exigências, não quero milhares de atitudes eu só preciso de uma coisa, TUDO.

Quero viver cada pedacinho desse mundo contigo, cada centímetro que fica mais saboroso ao teu lado. Viajar pra pertinho e pra longe, passar um dia ou três meses. Não importa...

Eu só quero cada detalhe da nossa vida em camêra lenta. Filmado, gravado, vivido!

Eu quero acordar cedinho, começar a te beijar e só parar à noite, quando cair no sono novamente. Quero um dia inteiro deitada na cama, ao teu lado. Quero visitar parques, praias e geleiras com teu sorriso do lado. E até dormir na grama do parque, deitada no teu colo, recebendo o cafuné mais gostoso do mundo.

Eu só quero viver tudo com você. Tudo de melhor que a vida oferece e, se for necessário viver algo ruim, que eu esteja ao teu lado pra que a gente suporte juntos; e pra sempre.

Te amo.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Meu Sonho.



Encostei-me, era confortável e cheirava bem. E como era bom! Quis ficar ali pra sempre. Só encostada naquele lugar tão aconchegante. Quis morrer e renascer – se fosse possível, e ainda assim estar ali. Aninhada naquele pedaço quente de gente, de cuidado, de amor. Fechei meus olhos e pedi que ali começasse o sempre, do que ele chamava de pra sempre.

Era ele, seu ombro, seu tórax. Era um pedaço dele e, olhando mais distante, era ele todo. Era quem procurei e achei que nunca fosse encontrar. Era quem achei que não existia. Era meu sonho, só que agora era palpável, quente, simples e COMO CHEIRAVA BEM! E o gosto? Tinha gosto de romance e ‘homem da minha vida’. Era um sonho com gosto, cheiro, calor e textura; era real, só podia!

Fechei os olhos novamente e podia sentir aquele momento se eternizando no ontem, no hoje, no amanhã e no até-onde-eu-não-posso-ver.

Respirei fundo e continuei de olhos fechados, porque se fosse um sonho preferia nunca saber. E já comecei a sentir as mais belas mãos, as mais lindas do mundo a me fazer carinho nos cabelos, exatamente como pensei que seria. Um cafuné inexplicável, um relaxante natural. Um amor pulsando tanto que doía. Um beijo. Um abraço. E um pedido, uma súplica tão muda que só o coração podia ouvir. Um suplicio calado pedindo ele sempre ao meu lado, um desejo surreal de guardá-lo todo dentro de mim . Como se ele pudesse entrar ali e ficar lá, paradinho e quietinho, protegido.

Mas num ímpeto, reabri os olhos pra ver se era verdade. Ele ainda estava lá, beijou-me na testa, sorriu. Eu falei com Deus, em prece e agradecimento, fechei meus olhos e adormeci. Era felicidade demais pra um pequeno mês.



É o fim?

Algumas coisas a gente demomina que são pra sempre; mas elas não são. Algumas coisas simplesmente acabam. Sem marcar dia, hora ou ordem de chegada. Não são como as consultas ao ginecologista. Não, algumas coisas têm gosto de que nunca vão ter fim. Mas essas coisas, elas acabam.
Eu não lembro exatamente quando percebi que o fim tinha chegado - na verdade, eu ainda não quero acreditar que ele chegou. Eu só lembro que comecei a não sentir mais o cheiro bom e quando percebi, também não enxergava mais as cores. De repente, parece mesmo que é o fim.
Algumas pessoas simplesmente não se importam muito com nada. Elas enxergam apenas um ponto de vista, do ponto que estão. Mas o mundo, ah, o mundo é cheio de nuances e observar só um lado do quadrado não egrandece ninguém.
É um fim de uma história e o começo de uma nova. E quem disse tchau só esqueceu de olhar pra trás.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O velho e o menino.

Sentado na calçada ele saciava sua fome. Comia, como se fosse um banquete. Sua comida na sacola, seus talheres eram os dedos. Ao seu lado uma criança, com uma banana e mãos sujas. Trapos no lugar das roupas e um chapéu desgastado que protegia alguma parte do rosto cansado do velho. Seu olhos pousavam apenas em sua refeição, já os da criança vagavam sem ponto fixo.

Eu passava por aquela tela doentia, passava a alguns quilômetros por hora mas o sinal me deteve. Aquela paisagem me deteve, o quadro de uma realidade que passa despercebida. A verdade de algumas vidas que deixamos encobertas pelo tapete.

Naquela sórdida tarde, eu vi duas histórias.

Uma delas já escrita, com final certo, meio dolorido. Aquele velho, ele tem uma história! E nesse momento me deu vontade de sentar ao lado dele e ouvir todas aqueles causos que aconteceram há cinquenta anos, mas nos parece há quinhentos. Aquelas conversas de avô numa tarde ensolarada, com sombra fresca e suco de acerola. Fiquei curiosa em saber como teria sido sua infância, sua juventude e como ele tinha ido parar ali sentado naquela calçada com uma sacola de feijão, arroz e - talvez - carne; tudo junto, tudo misturado. Como ele tinha perdido os talheres (ou será que nunca os teve)?

A outra história, essa talvez venha a ser até mais dolorida. É a história daquele menino, sentado ao lado do velho de chapéu desgastado. Uma vida que ainda está sendo escrita. Uma vida de um garoto, com a idade do meu irmão – aproximadamente. Mas esse garoto, come banana numa calçada quente. Talvez não saiba o que é escola. E enquanto meu irmão cola, na prova, ele cheira cola pra matar a fome. Acho que se ele ouvisse meu irmão chegar em casa dizendo ‘tô morto de fome’, iria rir e querer sentir tanta fome quanto ele. Provavelmente ele nunca usou um computador e nem sabe o que é playstation. Tão diferente da vida que a gente leva.

O sinal abriu. Eu continuei minha vida, me perguntando quem era aquele velho. E percebendo que aquele velho era aquele menino, que aquele menino - se der sorte – será aquele velho.


No cesto de roupas.


Eu tentei fazer tudo certo. Mas acho que tentar não serve de muita coisa. Se a gente não dá cem por cento pra alguém, esse alguém vai se queixar. E não adianta se a gente só tem cem por cento pra dar, pra todo mundo. Tem gente que não aceita dividir.

Eu devo dizer que fico magoada. É como se todo um passado cheio de alegrias fosse jogado no cesto de roupas sujas pra nunca ser lavado. Como pode, eu, que sempre fui sua unha e ela que sempre foi minha cutícula, de repente, estranharem-se como se nunca tivessem ficado juntas? É como se fosse pecado ser feliz!

E é assim? Se a gente não tá mais na mesma situação não serve mais? Ah, não era isso que eu pensava existir entre a gente. Eu acreditava haver amizade, cumplicidade, companheirismo, em qualquer tempo e não só nos difíceis.

Eu fico triste, mas existem coisas que não se escolhem... E existem pessoas que também estão muito acima disso. Mas existe uma escolha que é primordial entre todas, -talvez- a que eu fiz. Eu escolhi o que você e todo o resto do mundo escolheria. Eu escolhi ser feliz. E não abandono isso nunca mais!

terça-feira, 23 de março de 2010

O que chamamos de amor.



Você é o homem da minha vida

Eu vejo nos seus olhos

Quando me olha e sorri, daquela forma linda.

Eu sou completamente apaixonada por você

E se você duvidar disso

Basta olhar meus olhos e encontrarás certeza.

As coisas simplesmente aconteceram pra gente

E eu, sinceramente, não consigo mais viver sem você.

Porque agora, que eu descobri o que é amar

Eu tenho planos

Planos que se estendem por toda a minha vida

E o principal, o mais importante, o que direciona todos os outros

É estar ao teu lado, para sempre.


Se alguma coisa der errada, não tem problema

Pois estaremos juntos

E isso, sim, faz uma grande diferença.

Eu quero que lembre-se que você é o amor da minha vida

Eu te amo, e ficarei sempre contigo.


Porque quando a gente ama

Todo o resto é detalhe

O que importa é fazer você feliz

Porque você me faz a mulher mais feliz do mundo

E eu prometo, meu amor

Eu prometo, ser a melhor pra você

Em tudo.


Você é o homem da minha vida

E minha força vem de quando você faz aquela cara bem séria, meio braba

E depois abre um sorriso gostoso.


Você é o homem da minha vida

Meu grande amor

Eu amo você.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cotidiano.


Forte. futuramente. a vida toda. época. resultados. pior. valoriza. inteligente. advogado. terno. ranzinza. credibilidade. triste, sempre. necessário. jovem. divertido. conversa. jovem. contrário. coisa. resultado. importante. sério. pensar. dormir. faculdade. circunstância. nada. vantagem. concurso. gratificado. curtindo. ótimo. escalando. possibilidade. satisfeita. próximos cinco anos. ótimo. mesma. garanti. vai. segurança. vantagem. saber. almoço. bebida. pagar. oportunidade. dinheiro. guardar. pensando. onda. mês. pensando. sutentar. livre. oitocentos. hoje. gastar. futuramente. merda. em. parece. muito. acabou. pode. mais. juntando. coisa. Pateta. pegou. legal. minutos. bonitinho. incerto. bom. nada. falando. é. porque. porque. frio. confortável. também. sozinha. nunca. fazer. vou. ler. terminar. dormir. bem. onze. hum. tu. Mickey. antigos. Bafo. legal. poxa. desenhos. é. crianças. gosto. sério. sempre. interessantes. Pateta. perdeu. menos. assistir. Janga. frente. alguém trouxe. Tico e Teco. feliz. muito. filmes. assistia. bem. pouco. morar. vô. casa. entendesse? morava. era. tia ligou. madrinha. pois é. pois é. Paraíba. férias. conseguindo. lembro. aprende. desenho. visto. merda. legal. conheço. assistia. ansiosa. sério? eu. mudar. BRONCA. eu. estudar. mesmo. huje. duas. terminar. é. cedíssimo. Natália. BRONCA. tá bom. nada. chego. chego. duas? não. espero. aí. cedo. novo. café. vou. porra. beijo. linda. pouco. bye, tchau.



Eu. Te. Amo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Porque acredito no amor.


Hoje eu abri os olhos com aquela preguiça habitual. Olhei pela janela e vi que chovia um pouco, deu preguiça de levantar.

Eu lembrei que sou sua namorada (confesso que sempre lembro disso quando acordo), o que me fez (e isso sempre acontece) dar aquele sorriso meio tonto que você conhece mais do que ninguém. Acho que cochilei de novo.

Depois, quando finalmente decidi abrir os olhos, em definitivo. Dei uma andada pela sala (como se ela fosse grande) e enumerei minhas tarefas diárias (como sempre). Lembrei que havia um exame de sangue pendente, que eu já deveria ter feito há umas duas semanas, mas isso me lembrou que eu não comia há doze horas e me bateu uma fome. Uma vontade de desistir do exame, deixá-lo pra amanhã ou nunca mais. Voltei ao meu quarto e peguei meu celular (sempre faço isso, esperando ler alguma mensagem sua). Nele havia uma mensagem de ‘Tulinho’, ao lado uma foto do seu pescoço e uma parte de sua camisa amarela e verde. Lembra dessa foto? Quando li a mensagem você me dizia: “Linda. Acorda e vai fazer os exames.” E isso me deu aquele estímulo que faltava. Você é meu estímulo que faltava! Eu senti que, tinha mais alguém preocupado com o rumo que minha saúde toma, alguém mais preocupado que eu, até.

Fui ao laboratório e tirei três tubos de sangue enquanto pensava em ser melhor pra você, ser a melhor pra você.

Sabe amor, as pessoas devem estar me olhando esquisito mesmo – e você se preocupa até com isso. Mas eu não me importo, eu mudei. Mudei de verdade. Porque eu quero, porque eu descobri o que é melhor pra mim. E quando é melhor a gente senta; senta e sente. A gente aproveita, aproveita que é jovem e sente isso. Tem tanta gente que morreu sem nunca sentir.

Sim, Túlio Moreira. Eu digo sim ao que você propõe na minha vida. Essa sensação tão maravilhosa de ser amada e amar sem medidas. Eu digo sim à felicidade que me consome a cada dia que eu acordo.

Ontem, no carro, você me perguntou se eu acredito em destino. Eu disse que sim. Somos prova viva de que existe algo que é além de nós mesmos, algo que nos empurra pro bem, talvez uma força gravitacional que acaba sempre girando até que fiquemos em pé. Eu disse que acredito em destino e em Deus, e eu acredito na gente. Em mim e em você. A gente dá certo. Seu sorriso bobo e o meu torto. Minha simpatia exagerada – que às vezes se transforma em falsidade, por pura simpatia – e sua antipatia por não forçar a barra, em nada. Sua cobrança e minha forma desleixada de ser. Seus amigos cultos e certinhos e os meus que se embebedam todo final de semana – e são felizes. Seus gastos em coisas raras e meus gastos em comida e água. Sua pele quente e a minha queimando. Seu abraço que aperta, conforta e alivia.

Eu acredito, sim, em felizes para sempre. Acredito que existe tudo isso que eu li nos livros. Essas coisas que começam com sorvetes, orlas, mãos dadas, visitas no trabalho. Essas coisas que começam com o querer-tá-perto e não saber muito bem por quê.

Eu acredito em amor, porque te conheci. E não haveria outra forma de acreditar senão esta.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Meu melhor.



Começou com um bip em seu celular. Era uma mensagem. Ela leu e sorriu, era o homem de sua vida lembrando-a que não a esquecia.

O dia sucedeu como sempre. Os verdinhos, os grampos, as fitas coloridas, o Messenger. Uma tarde abarrotada de processos que não faziam sentido nem a mínima diferença em sua vida. Uma tarde de carimbos e marteladas em seu peito. Até que é chegada a hora mais santa do dia, a hora em que ela vai ao encontro dele.

Ah, claro. É certo que não deveria me esquecer de mencionar que antes mesmo de sair de casa ela repensou tudo que aconteceria naquele dia. Vestiu a roupa que mais o agradaria, se perfumou, se penteou, olhou-se no espelho e sorriu. Mais uma vez ela seria dele. Ela estaria com ele e seria feliz, mais feliz.

Quando o encontrou ela sorriu. Era espontâneo, ao vê-lo sentia cócegas na barriga, uma coisa agradabilíssima, que a fazia rir mesmo sem motivo aparente. Ao vê-lo, ela sentia uma necessidade inigualável de ser feliz, ser apenas feliz. E a forma como ele a olhou naquele dia, tinha algo de diferente. Havia por detrás de sua íris um plano, algo já formulado que a deixou curiosa, aflita e faminta.

Sorriram muito como sempre, se lambuzaram por tão pouco. Quem olhasse podia jurar que formavam um casal perfeito, e não se enganaria. Eles se completavam. Eles eram felizes, muito felizes, com tão pouco.

Ele, como sempre, a fez se sentir a única mulher do mundo. E apesar de única, a mais feliz, a mais bela, a mais sexy, a mais gostosa; a única dele.

E na despedida, quando ela já se sentia triste porque ficaria sem vê-lo muitíssimo tempo (pois os amantes têm mania de multiplicar o tempo, de fazê-lo parar em progressão geométrica) ele disse. Ele disse olhando em seus olhos as palavras mais belas de serem ouvidas. Depois de uma noite perfeita, ele disse a frase perfeita. Entre alguns beijos ele explicou que a amava. As pernas dela bambearam, os olhos dela brilharam, sua felicidade alcançou um expoente jamais imaginado. Sim, ele só podia ser perfeito!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Um anjo em minha vida.


Meu amor, hoje senti necessidade de te escrever qualquer coisa que viesse em minha cabeça. Não quero exagerar em palavras, enfeitá-las ou escrever bonito. Meu único propósito agora, com essa caneta simples nas mãos é te falar, de maneira talvez até aleatória, tudo que sinto quando estou contigo e até quando não estou.
Te falar que meu coração pulsa mais rápido ao teu lado, que penso em ti vinte e quatro horas por dia, que sinto tua falta, que quero te ver sempre feliz, que teu abraço e teu beijo são únicos pra mim talvez soasse clichê. Talvez se eu só repetisse tudo isso, nesse papel, eu me tornasse apenas mais uma romântica qualquer. Uma mulher apaixonada pelo homem da vida dela. E isso, com certeza, soaria normal demais pra ser associado a nós dois.
Como já te falei, não é fácil escrever sobre você. Não é fácil falar sobre esse sentimento tão novo que consome meu peito. Você, meu querido, não é um homem qualquer. Você é um menino, no fundo tão parecido comigo. E eu que nunca imaginava me apaixonar por alguém como você, simplesmente porque esse alguém não existe, você é exemplar único, se me permite assim dizer. E você é meu.
Meu querido amor, cada hora contigo acrescenta vida num corpo que pensava viver. Mesmo sendo clichê posso dizer que você é luz que ilumina meu sorriso. Você me trata como mulher, como a sua mulher, como sempre sonhei.
Não sei se acredito em destino, num poder infinitamente maior que todos nós, que gira o mundo. Mas o que quer que tenha sido que me juntou a você, fez a coisa certa, mirou e acertou em cheio no que era melhor para mim.
Amor, eu só queria te dizer o quanto você é importante pra mim. O quanto te ver sorrindo me faz bem e aquele teu sorriso e teu jeito de me olhar quando me quer... Sei que foi uma vã tentativa e que talvez eu nunca consiga descrever o que é ser sua namorada. Mas como você fala, ninguém nunca morreu por ter tentado.
Obrigada por entrar na minha vida, mesmo eu fechando as portas. Obrigada por me fazer feliz. Ao teu lado o inexplicável pode ser detalhado, conceituado e exemplificado. Posso dizer que com você a vida ficou mais colorida e - por que não? - mais fácil.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Surpreendente.

Não era de se esperar que nos déssemos tão bem.
Não era de se esperar que nos uníssemos tanto.
Não era de se esperar que ficássemos juntos.
Mas de repente aconteceu.
Como se um anjo me soprasse o ouvido cantando um sim.
Como se o Universo tivesse conpsirado e feito tudo ao contrário, só pra gente dar certo.
Como se as ondas daquele mar houvessem nos embalado no mais profundo sono.
De repente, a cada dia que passa (e no amor o pleonasmo é bem-vindo) você me cativa e se torna responsável por mim.
De uma forma surpreendente a gente se quer.
O preto no branco.
Eu que não imaginava você, você que não imaginava a mim.
E em tão pouco tempo já sou tua.
Me entrego em teus braços e me deixo levar por você, que é meu.
Eu que não acreditava que se podia amar tão rápido.
Eu que não suportava casais perfeitos e melosos.
Você me faz feliz, como ninguém jamais fez.
Hoje eu posso dizer que
Estou completamente apaixonada por você.
[29/01/10]

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Eu Conheci Um Cara.


Preciso contar o que está acontecendo em mim, ainda que nem eu esteja me compreendendo. Mas é preciso falar de sentimentos exatamente enquanto os sentimos, acho difícil falar do que não sinto.
Eu conheci um cara. É! Um desses caras que a gente não esbarra na rua, desses que a gente não encontra a todo tempo. Um cara que aos poucos veio minando minhas defesas e plantando no meu coração uma coisa boa que eu venho deixando florir.
Conheci um cara que se aproximou com cautela. Que não me forçou a nada, mas soube ser persistente. Que antes de me beijar, perguntou se podia.
É um cara que me faz pensar diferente sobre diversas coisas. Um cara que me surpreende, me anima. Um cara inteligente que tem prazer em ensinar e aprender. Que não se parece com nenhum dos outros caras que eu costumava sair.
E é esse cara que vem esquentando um coração gelado, que é meu. Um cara que eu começo a querer ter ao meu lado. Um cara que começa a só me fazer bem, como ninguém.

[05/01/10 - esse cara é você, meu querido, meu namorado.. que torna cada dia mais especial, inexplicavelmente!]

domingo, 10 de janeiro de 2010

João Bobo.



O que esperar das pessoas? Realmente não sei mais o que esperar. Se eu posso ter certeza de uma coisa, é que até aquele seu melhor vai te decepcionar.

Por que a gente não consegue ficar feliz, feliz por completo, com a realização do outro? Por que sempre resta uma pontinha de inveja, que se transforma numa nuance de orgulho ferido. Um orgulho ferido, que fere, maltrata e machuca até as pessoas que não queremos magoar. Não que não queiras vê-la feliz, mas fere não estar feliz junto com ela; e isso te faz falar coisas que não queria, agir de forma que não queria.

É difícil ficar bem, quando as pessoas à sua volta ficam te mostrando feias imagens. É como ser aquele boneco de quando eu era criança, um chamado João-bobo, que alguém vai lá e o empurra e ele levanta com o sorriso no rosto, levanta sozinho, na mesma hora e te convida a bater de novo.

Eu sei que, apesar de estar me magoando, você não quer o meu mal. Mas eu sinto que estamos nos afastando, os pontos ideais, as vontades, os planos. Ta chato ouvir sempre uma reprovação e te ver achando que ta acertando, quando volta e meia me procura pra dizer que ta perdida.

Estou arriscando e se você não pode fazer a mesma coisa por si mesma, eu sinto muito minha querida. Mas eu to tentando ser feliz e to chegando lá. Cansei de me prender a pessoas mesquinhas e to indo além, mas se você não pode me seguir, tudo bem. Só não me segura. Eu sei que não é por mal, mas eu sinto que enquanto ando você tenta segurar minha mão. Solta, me deixa ir. Me deixa tentar, eu to feliz assim.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Estar Com Ele.


E é sempre tão gostoso estar ao lado dele.
Sempre, naquele lugar que eu tanto amo, a coisa fica incontrolavelmente boa. Basta sentí-lo junto a mim, com o corpo colado ao meu. Fecho os olhos e sinto. Sinto seu cheiro, seu gosto e seu calor. Escuto as ondas que se chocam contra as pedras, ouço os pássaros a se despedirem do sol que se põe e o vento que assanha meus cabelos enquanto ele, delicadamente, os afasta do meu rosto e me olha com ternura.
A forma singular com que ele cuida de mim e a força com que ele me puxa pra mais perto. E como ele me acomoda em seus braços, seus abraços e seus beijos. Eu recordo como é bom sentir minha mão perfeitamente encaixada na dele e sua temperatura extremamente agradável. Sabendo ser irônico nos momentos adequados, mostrando que gosta de estar ao meu lado.
T (L)