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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Gordo, grande e lindo!


Às vezes dá medo da vida!
A gente se sente perdido, sozinho no mundo e no espaço.
Às vezes dá medo da gente. Do que a gente sente e do que os outros sentem pela gente.
Não sei. Calei-me, apenas isso.
Falar é atividade. Falar demais pode terminar em calamidade.
Aquietei-me.
Acho que me sentia cansada.
Dá tristeza, às vezes. Quando não dá pra ter certeza das coisas.
E quando as coisas vêm vindo, mas a ansiedade já está.
E a raiva de sentir o bicho-ruim chamado ciúme se instalando no corpo?
Corroendo cada pedaço, do dedo do pé a pontinha do cabelo?
Dá medo do canto, do espanto, de descobrir o que não dá, de perceber o que não quer ver.
Dá vontade de sair e deixar o portão escancarado.
Sair pra um lugar que não existe, qualquer um. Pode ser em Marte ou no Chuí. Pouco importa, mas ele não pode existir.
Sumir, por uma hora ou três.
Pra que quando perguntarem: “Cadê ela?” Respondam: “Quem? Não sei!”
Que me esqueçam, mas que o façam com o mínimo de decência.
Que as coisas mudem e sigam seu rumo.
Mas esse fulano. Esse cara estranho chamado amor, me segura.
E por ser grande, maior que eu, me sufoca, me estrangula. Cresce tanto que nem cabe mais em mim. Esse cara chato pesa tanto que me imobiliza.
Gordo e grande, o amor.
E dolorido, mas ainda assim, lindo!

2 comentários:

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