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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Me poupe!




Fulana para "qualquer carinha do mundo": "Oi, quanto tempo.
Sumi porque estou estudando muito. Sabe como é... vencer na vida tá cada vez mais duro.
E você, como está?
Quando as coisas se acertarem por aqui eu faço uma viagem de milhões de quilômetros pra onde você mora.
Beijos"
Qual é? Que besteira! Isso não dói, né?
Nem importa que ela tenha todos os ex-ficantes na nova página de relacionamentos. Nem importa que ela, de vez em quando, fale com alguns deles. Nem importa que ela, até outro dia, fosse solteira, mesmo namorando há mais de um ano. Nem importa que ela fale do ex na cama. Nem importa que ela durma com algumas amigas no sofá da casa de uns carinhas. Quanta bobagem! O que importa mesmo é que ela te ama, né? Certas atitudes não magoam, principalmente quando são 'sem querer', né?
Nããããão?! Que coisa... Ah, é porque ela é mulher, né?
Tudo bem... Se ela vai de carona com um cara: não pode, porque o cara vai dar em cima dela! Se você dá carona a uma menina: pode, porque a menina não vai dar em cima de você! "Todo cara que dá carona a uma menina tá com segundas intenções?" Não esqueça que você é o cara que dá carona a uma menina.
Ah, me poupa! Quer dizer que ela tem que ser perfeita porque é mulher? E que você pode errar e sorrir disso porque é homem?

terça-feira, 24 de maio de 2011

Menos um.


Preciso de uma vitória apenas. Ainda não sei quando ela vai acontecer. Eu a sinto tão perto. Sinto seu cheiro, seu gosto e todas as promessas que vêm junto. E quando eu abro a boca pra comer, a sobremesa cai da colher e vai parar no chão.
Eu preciso que isso mude, pra ontem. Cansei desse quase, do "foi melhor assim", eu quero ter certeza de que foi melhor assim tendo a opção de escolha. Dizer isso sem escolha é prêmio de consolação.
Cansei. Preciso de uma vitória pra ontem.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O melhor beijo da minha vida.



Já faz algum tempo, mas ainda me lembro como se hoje fosse.


Lembro que o clima tava agradável. Céu azul escuro, poucas nuvens. Era noite. Não lembro se tinha lua nem se havia muitas estrelas, mas uma eu tenho certeza que havia porque ela estava lá, bem na minha frente. Lembro do barulho que as ondas do mar faziam quando batiam nas pedras. Lembro do ventinho gostoso percorrendo os meus cabelos. Lembro que eu não queria que o tempo passasse.


De verdade, não sei como começou. O que sei é que a gente já tava lá há algum tempo. Esse não era o primeiro beijo, não era o do meio nem tampouco o último. Mas o que eu ainda não sabia é que seria o beijo inesquecível, o melhor da minha vida.


Sei que ele me beijou. Calmamente, acariciando minha nuca. Sem pressa, com carinho, delicadeza. Minha boca não era um parque de diversões e ele não era um menino com 7 anos de idade. Ele era um homem e sabia exatamente como tratar uma mulher. Ele me saboreou, no conceito mais puro e fiel da palavra.


Não foi um beijo com maldade, não tinha malícia. Foi um beijo aproveitador. A gente se aproveitou da forma mais pura do mundo, com calma, com lentidão.


A cabeça começou a ficar leve, o som dos carros na avenida já não era ouvido, o relógio não massacrava, o tempo parou! Parou ali, com a minha boca colada na dele, com nossas respirações em sincronia.


Foi uma coisa tão boa, tão diferente, tão relaxante. Uma experiência única, quase uma meditação. Eu perdi noção de tempo, espaço e lugar. Eu esqueci de mim. Eu esqueci que era um beijo, eu esqueci de pensar onde botar a mão.


Até hoje eu não sei quanto tempo durou. A impressão que dá é que foram horas. A impressão que tivemos foi que dormimos no beijo. Talvez sim, talvez não.


Meu amor, só você tem o dom de me amar. Eu me sinto segura ao teu lado. Eu sou a mulher mais feliz do mundo há 17 meses. Eu te amo!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Onde mora o amor.



Lá fora chove. Cidades viram mar. Àrvores caem. Rios transbordam. Mas aqui dentro tudo permanece aquecido, graças a esse coração que trabalha freneticamente em resultado do estímulo que recebe.

Aqui dentro é primavera. Faz um ano que as estações não mudam, parece que o tempo parou numa profunda calmaria; e isso é tão bom. Nunca pensei que eu ia ficar feliz em ver meu mundo parando e estacionando numa única garagem.

Agora é primavera, há mais de um ano as flores não murcham, o perfume não se esvai, a grama está sempre verde. Há mais de um ano cai uma leve garoa à noite, porque as flores precisam de água. Há mais de um ano um vento tranquilo bate em meu rosto e eu sinto o cheiro de "eu fiz a coisa certa".

O mundo lá fora está gelado. Faz frio e chove. As pessoas se escodem atrás de casacos e sombrinhas, enquanto eu... se preciso... me esquento nele. Ou, se ele estiver longe, me esquento na lembrança do seu sorriso, dos seus braços e abraços, do seu olhar.

Aqui dentro tá tudo bem, uma perfeita harmonia. As folhas não secam, as flores não murcham, os rios correm calmos, os animais vivem em paz. Porque aqui dentro há uma coisa que ninguém mais vê lá fora. Aqui dentro tem amor, é aqui que ele vive e se deleita!