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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Eu devia estar dormindo.

Cinco para às quatro.
Remorsos. 
Eu deveria estar dormindo como toda boa menina.
Eu deveria acordar cedo amanhã, como toda mocinha comportada.
Mas eu já tenho vinte e cinco e quase nada mudou. Nem mesmo essa mania de encolher os dedos dos pés herdada de vovó e que os deixa meio dormentes. Talvez não seja só herança, mas reflexo do tempo em que os meninos da sala diziam que iam surfar nele. Ser alta só trouxe benefícios depois de certa idade.
Quatro da manhã. Nenhum raio de sol, mas eu dou meu primeiro bocejo. Talvez seja um bom sinal.
Às quatro cinco eu já alcancei meu quinto bocejo. Sabe, acho que vou conseguir dormir antes de o dia ficar claro. Remorsos combinam mais com a escuridão da noite, se quer saber.
Devo explicar que os remorsos são por não ser uma boa menina que dorme antes da meia noite? Acho que alguns fatos me ensinaram a explicar melhor as coisas, sou mal interpretada com uma certa frequência.
Bem, dizem que a hora mais escura é a que vem antes do amanhecer, vou aproveitá-la com meu sexto bocejo.



Sem títulos.

          Eu tinha a leve desconfiança de que eu só escrevia aqui quando eu tava mal. Mas aí eu resolvi ler algumas textos e percebi que não. Eu só escrevo aqui quando alguma coisa em mim está mudando. Quando eu tô repensando conceitos e vontades. E agora faz sentido porque a minha fase mais apegada ao blog foi a transição da adolescência pra vida adulta (que apesar de eu não me sentir assim, é isso que eu tenho).
          Tudo bem, nada mal. Acho que eu sinto saudades de quando as dúvidas não poriam em risco minha vida inteira, mas apenas o próximo destino da balada. Os medos agora não são menores, eu é que sou mais corajosa. Na verdade os medos só cresceram!
            Acho que não era nada mesmo, só eu sendo eu, como sempre. Ou como nunca, ultimamente.