Era uma cidade nova, tranquila. Eu teria que abdicar de tanta coisa por ela, tanta gente. Dava medo. Mas era o que eu queria. Então, sentei-me e esperei pra ver no que dava.
Todos estavam em contagem regressiva para o carnaval, mas eu me encontrava alheia a tudo isso. Estava paciente, muito diferente. Eu só queria continuar ali sentada, com aquele vento fresquinho no rosto e o cheiro de alma lavada.
Foi quando ele sentou-se ao meu lado.
Sorriu, me deu um beijo. E perguntou se eu queria ficar ali pra sempre. Assenti. Ele colocou o braço por trás de mim e me apertou.
Há quatro meses sentei nesse banco, sem saber ao certo o que me esperava. Mas eu sentei e esperei, pacientemente. E olha, nem demorou tanto assim.
Há quatro meses eu resolvi arriscar e sentar, tirar o volume estridente da vida afim de deixá-la mais colorida, mais leve. Tirei a maquiagem pesada, o salto alto doentio e a consciência latejando, por noites tranquilas e dias que começam com um sorriso no rosto e uma ligação dizendo "Te Amo". Troquei finais de semana em que sair era obrigatório pra 'manter a aparência', por finais de semana inteiros em casa assistindo filme e trocando carinhos.
Acho que fiz uma boa troca. Arrisquei. E como dizia a minha avó: "Quem não arrisca não petisca!"
Eu troquei o nada que eu tinha, pelo tudo que tenho. Troquei a felicidade momentânea e instântanea, pela promessa de 'felizes para sempre'.
É que hoje li que felicidade é a mistura da sorte com algumas escolhas certas. E percebi que, quando resolvi me mudar pra essa nova cidade, fiz escolhas. Fiz escolhas certas.
Encontrei seu blog por um acaso no google e fiquei apaixonada pelos seus textos!! Me identifico bastante! Parabéns!
ResponderExcluiradorei o texto, já to seguindo, se puder visita o meu, beijos...
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