Clara levantou, o sol que invadia seu quarto começava a queimar-lhe a pele e não mais lhe aconchegava. Ela tinha uma aparência triste, mas na verdade estava só cansada. De quê? Nem ela mesmo sabia. Às vezes parecia que as coisas chatas e sem graça se reuniam para acontecer de uma só vez. Tudo ficava estranho e monótono. O mundo tinha cor, mas não tinha graça.
Nessas horas só havia um refúgio que tantas vezes esteve guardado dentro dela, mas agora tinha criado forma e se exteriorizado. Seu refúgio nesses momentos de fraqueza era o amor. Aquele em forma de poesia que te abraça e diz que te ama. Aquele amor tão grande que dói um pouco. Aquela dor que não incomoda, que chega a ser gostosa. Sim, só lhe restava amar aquela pessoa que lhe enchia de força e de vida. Que a fazia ter certeza que as coisas vão dar certo pra sempre. Que a felicidade não acaba nunca, ao lado dele tudo ganhava cor novamente.
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