Começou com um bip em seu celular. Era uma mensagem. Ela leu e sorriu, era o homem de sua vida lembrando-a que não a esquecia.
O dia sucedeu como sempre. Os verdinhos, os grampos, as fitas coloridas, o Messenger. Uma tarde abarrotada de processos que não faziam sentido nem a mínima diferença em sua vida. Uma tarde de carimbos e marteladas em seu peito. Até que é chegada a hora mais santa do dia, a hora em que ela vai ao encontro dele.
Ah, claro. É certo que não deveria me esquecer de mencionar que antes mesmo de sair de casa ela repensou tudo que aconteceria naquele dia. Vestiu a roupa que mais o agradaria, se perfumou, se penteou, olhou-se no espelho e sorriu. Mais uma vez ela seria dele. Ela estaria com ele e seria feliz, mais feliz.
Quando o encontrou ela sorriu. Era espontâneo, ao vê-lo sentia cócegas na barriga, uma coisa agradabilíssima, que a fazia rir mesmo sem motivo aparente. Ao vê-lo, ela sentia uma necessidade inigualável de ser feliz, ser apenas feliz. E a forma como ele a olhou naquele dia, tinha algo de diferente. Havia por detrás de sua íris um plano, algo já formulado que a deixou curiosa, aflita e faminta.
Sorriram muito como sempre, se lambuzaram por tão pouco. Quem olhasse podia jurar que formavam um casal perfeito, e não se enganaria. Eles se completavam. Eles eram felizes, muito felizes, com tão pouco.
Ele, como sempre, a fez se sentir a única mulher do mundo. E apesar de única, a mais feliz, a mais bela, a mais sexy, a mais gostosa; a única dele.
E na despedida, quando ela já se sentia triste porque ficaria sem vê-lo muitíssimo tempo (pois os amantes têm mania de multiplicar o tempo, de fazê-lo parar em progressão geométrica) ele disse. Ele disse olhando em seus olhos as palavras mais belas de serem ouvidas. Depois de uma noite perfeita, ele disse a frase perfeita. Entre alguns beijos ele explicou que a amava. As pernas dela bambearam, os olhos dela brilharam, sua felicidade alcançou um expoente jamais imaginado. Sim, ele só podia ser perfeito!
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