Pobre ou rico. Feio ou bonito. Popular ou excluído. Vamos todos parar no mesmo buraco. Com alguma decência dentro de uma caixa de madeira, podendo esta ser luxuosa ou não. Faz alguma diferença?
Vivemos num parêntese do tempo. Passamos nossos dias colecionando amores, comprando roupas, fazendo economias, estudando formulas perfeitas, lendo livros de auto-ajuda. Tudo isso numa busca desesperada pela tal felicidade. Não falamos o que queremos falar e gritamos o que devemos calar. Pensamos inúmeras vezes antes de proferir uma palavra de afeto e falamos sem pensar a primeira palavra que vem à cabeça e magoa a quem amamos.
Hoje percebo que temos medo de amar. Vivemos bitolados em nos tornarmos pessoas fortes, auto-suficientes e solitárias. Não admiramos mais as grandes famílias.
Aquele ‘eu te amo’ que eu queria ter dito quando estava deitada a teu lado, na tua cama, travou na minha garganta. Travou porque eu não sabia se era certo falar. Travou porque eu não tinha certeza. Mas é que esse tipo de coisa não é mesmo pra ter certeza. Naquela hora era aquilo que eu sentia e pronto. Por mais que daqui a duas horas eu não amasse mais, naquele momento eu te amava mais do que tudo no mundo. Se eu te dissesse que te amo, seria sincero e você tinha o direito de saber disso, você tinha que me ouvir dizendo isso. Mas enfim, o ‘eu te amo’ voltou ao coração me ferindo internamente. Só porque eu não quis me mostrar frágil... Mas quem disse que amar é fragilidade? Amar é fortaleza! É preciso ter coragem para amar, é preciso ser forte; e se não for assim, da forma que eu penso, então me responda ‘quem aqui é forte?’.
Quando amamos fingimos que não amamos. Quando não amamos fingimos que amamos. Tá tudo ao contrário. E quando você percebe, pronto, acabou.
Não espere que eu comece a dizer o que você deve, ou não, fazer enquanto está aqui gozando da arte de viver. Não espere porque eu não o sei. Sou pessoa falha, cheia de mentiras, cheia de feridas não cicatrizadas. Não tenho a pretensão de te dizer o que fazer antes de você deixar a existência para trás. Quem sou eu pra dizer como se deve viver? Mas acho, sinceramente, que existe algo que todos temos que perder. Temos que perder a vergonha de amar.
Com certeza, amor é fortaleza, é coragem!
ResponderExcluirOdeio livros de auto-ajuda. :(
Teu blog ta muito bom.
Parabéns.