Era chegada a hora de partir, de ir embora. Jéssica sempre sabia quando era a hora de partir. Vivia assim, de lá pra cá. Permanecendo onde quer que fosse apenas enquanto sua companhia era agradável. Sempre levava algumas pessoas e alguns detalhes de onde havia estado. Nunca saia de canto algum de mãos vazias, apesar de muitas vezes atadas. Não era escolha sua viver dessa forma, mas a sensação que ela tinha é que alguém tinha posto prazo de validade nela. Prazo de validade pra cada lugar, pra cada pessoa. Mais ou menos como dez meses e alguns dias pra ele. Ou três anos e dois dias pra ela. Mas era certo, ela não valia pra sempre. Então, quando percebia que seu prazo havia expirado, Jéssica sempre fazia isso. Arrumava sua mala e ia embora passar mais um prazo determinado em um outro lugar, com outras pessoas e novas experiências. É certo que saudade ela sempre deixou por onde passou. É certo que, algumas pessoas que a atentaram que sua validade já havia expirado, hoje querem reaver isso e insistem que a saudade é grande, que não há códigos de barra, não existem preços, medidas. Não existe validade. Mas Jéssica já conhece como as coisas funcionam nesse grande supermercado. Sorri, apagando sua tristeza. Coloca o que ficou de bom na sua mala e parte em busca de mais.
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segunda-feira, 27 de julho de 2009
Fazendo as malas.
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