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quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Borboleta.


Uma borboleta pousou em minha janela
Era amarela, bonita, esbelta
Se apresentou como Carmela
E disse que dali não sairia

De cara, me espantei com a audácia dela
Mas como era bela!
Deixei-me admirar

Ela me contou histórias de onde tinha passado
As flores que tinha falado
Os amores que havia plantado
E me convidou pra ir com ela
Fiquei incrédula, nem borboleta eu era

Foi quando Carmela me explicou
Falou que apesar de não ter asas eu possuía um coração
E que cada pessoa era como uma flor
Que era minha decisão, regá-la ou não

Quando perguntei pelo amor
Carmela hesitou
Enfim respirou e disse
Que apesar de parecer, o amor não estava em crise
E que ele também era uma flor
Só que agora, de aparência triste

E continuou, que se dele eu cuidasse
Sem atentar para a beleza das rosas
Mas sim para o bem delas
Eu veria, não sem demora
O sol raiando no horizonte,
A flor do amor se abrindo
E Carmela, pousando nela.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Hora de Crescer.

A gente olha pra trás e vê que passou tanto tempo acomodada e agora, tirar o traseiro da cadeira do pc faz medo. Mas é necessário, pro meu próprio aprendizado, pro meu próprio crescimento. É necessário se cortar um pouco, se ferir. Algumas horas vai doer, mas é preciso crescer! Mudar, transformar. É preciso ir frente com a cara e a coragem. É preciso perseverar pois dos próximos anos dependem minha vida inteira. É preciso, de verdade, crescer!


[31.01.09]

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fazendo as malas.


Era chegada a hora de partir, de ir embora. Jéssica sempre sabia quando era a hora de partir. Vivia assim, de lá pra cá. Permanecendo onde quer que fosse apenas enquanto sua companhia era agradável. Sempre levava algumas pessoas e alguns detalhes de onde havia estado. Nunca saia de canto algum de mãos vazias, apesar de muitas vezes atadas. Não era escolha sua viver dessa forma, mas a sensação que ela tinha é que alguém tinha posto prazo de validade nela. Prazo de validade pra cada lugar, pra cada pessoa. Mais ou menos como dez meses e alguns dias pra ele. Ou três anos e dois dias pra ela. Mas era certo, ela não valia pra sempre. Então, quando percebia que seu prazo havia expirado, Jéssica sempre fazia isso. Arrumava sua mala e ia embora passar mais um prazo determinado em um outro lugar, com outras pessoas e novas experiências. É certo que saudade ela sempre deixou por onde passou. É certo que, algumas pessoas que a atentaram que sua validade já havia expirado, hoje querem reaver isso e insistem que a saudade é grande, que não há códigos de barra, não existem preços, medidas. Não existe validade. Mas Jéssica já conhece como as coisas funcionam nesse grande supermercado. Sorri, apagando sua tristeza. Coloca o que ficou de bom na sua mala e parte em busca de mais.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Um jovem casal que me fez pensar.


Hoje, enquanto preparava meu jantar, olhei pela janela da cozinha e observei um casal. Um casal jovem. Pra ser sincera, eram duas crianças. Por um momento eu fiquei meio horrorizada. Na verdade horrorizada não era a palavra, mas eu cheguei perto disso. Minha primeira reação foi pensar: “Qual a idade daquelas duas criaturas?”. Resolvi ficar observando. E, acredita que eu cheguei a ter inveja daquela garota? O casal estava apenas abraçado numa noite fria. Um abraço aconchegante. Os dois sorriam, não pareciam existir problemas em qualquer parte do mundo.

Eu lembrei de quando eu tinha treze anos e trouxe um namorado em casa. Um rapaz de dezessete anos, nada simpático, cabelos louros e compridos, adorava rock, vivia de preto e tinha fotofobia ótica. Meu pai nem o cumprimentou, mas depois se tornaram grandes amigos. O mais legal é que eu era patricinha, vivia de rosa e adorava pagode.

Eu sei que não vem ao caso esse meu namoro da adolescência, que até teve uma duração. Mas é que hoje, ao ver aquele casal tão novo, eu me dei conta de algumas coisas.

A primeira delas é que eu realmente tô ficando adulta. Adultos esquecem o que fizeram quando eram jovens. Esquecem que foram inconseqüentes, que agiram por impulso, emoção. E esquecem que aos treze se sentiam com maturidade de vinte. Sempre acham que aquele casal de adolescentes é muito novo pra namorar e que deviam era ta estudando.

A segunda coisa que descobri é que, aos treze, eu não trabalhava, não estudava com a responsabilidade de hoje, não pagava minhas contas, não saia sem permissão dos meus pais nem sem a carona deles. Eu não pegava ônibus sozinha, não entrava em locais proibidos pra menores, não bebia, não chegava em casa de manhã, não dirigia nem dormia fora de casa, eu nem sequer tinha as chaves da porta. Mas eu tinha alguém do meu lado. Alguém do sexo oposto, que me amava SIM. E quando eu brigava com meus pais, quando eu tirava uma nota baixa ou quando me desentendia com as minhas amigas eu podia contar com ele. Com um abraço durante as noites frias e uma massagem na barriga nos dias de cólica. Tinha alguém que matava e morria de ciúmes por mim.

E eu fiquei analisando... Eu era uma menina apaixonada que tinha um cara por mim. Hoje sou uma mulher, praticamente independente, caminhando pra ser completamente realizada, mas não consigo ter uma relação bacana e madura como a que eu tinha há seis anos atrás.

Culpa minha? Dos homens? Isso pouco importa. O mais engraçado é que eu, com quase vinte anos tive inveja de uma menina com pouco mais de dez. E que ela, talvez, ao olhar pra mim também sentisse inveja desse meu jeito, meio livre e covarde, de viver.

Ser Mulher.


Hidratação. Cabelos bonitos e bem cuidados. Sempre cheirosos e bem lavados. Lisos, mistos, escovados ou cacheados. Pintados, bem cortados. Brilhosos e sedosos. Pele sem manchas, sem espinhas. Nem oleosa, nem seca. Levemente bronzeada e sem olheiras. Sobrancelha feita, pinça, depilação. Das pernas, axilas, virilha, buço. Depila, puxa, estica, arranca. Zero pêlos. Dentes alinhados e brancos. Hálito fresco e unhas feitas. Colo bonito e perfumado. Seios firmes, barriga tanquinho, bumbum avantajado, pernas torneadas e pés delicados.

Tem trabalho, faculdade. E como se fosse pouco, umas tem filho, casa e marido. À noite sair com as amigas ou o namorado. Barzinho, balada cinema, quase qualquer buraco. Aí vem outra novela. Chapinha, roupa nova, salto alto. Tem a base, o pó compacto, o lápis, a sombra, o delineador, o curvex, o rímel incolor e em seguida o preto. Tem o corretivo, o blush, o batom, o gloss, o brinco, o colar e O BENDITO SALTO ALTO A NOITE INTEIRA! A bolsa tem que combinar com a roupa, a sandália tem que combinar com a roupa, até a própria roupa tem que combinar com a roupa. É um brinco pra cada caso, um calçado pra cada caso. Um colar, um anel, uma calça, uma bolsa. Cada um para cada caso.

Como se não bastasse tem a TPM. Ou você acha que a singela idéia de ficar com uma ‘almofadinha’ entre as pernas por intermináveis dias é agradável? Ainda tem academia, regime e salão.

Temos que agüentar os sem-noção que nos aparecem. O cara chato que não pára de ligar e o imbecil que não faz seu telefone tocar. Temos os problemas das amigas pra ajudar e as falsas amigas que tentam nos derrubar.

Os pais nos cobram que sejamos princesinhas, enquanto a vida engana que legal mesmo é ser promíscua.

E eles ainda abrem a boca pra nos chamar de complicadas? Fiz um resumo bastante enxuto do que é ser mulher, isso não é nem o terço. E eles não queriam que fossemos complicadas? Por tudo que passamos durante a vida, complicadas é o mínimo que poderíamos ser!


Parabéns a você mulher!

[23.07.09]

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O que, de fato, importa.


O que fica nesse mundo é o que fazemos pelos outros. Pois, quando partimos, nossas ações permanecem nos corações dos que ficam.

Monólogo.


A moça disse ao moço:
"-Você não sabe sofrer."

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Organização.


Tenho costume de procurar os significados das palavras no dicionário. Procuro palavras novas ou palavras que já conheço. Hoje eu procurei o significado da palavra organização, acredito que é porque é isso que to estabelecendo como meta na minha vida neste momento.

Encontrei como definição da minha palavra de hoje: Pôr em ordem, arrumar; dispor para funcionar.Constituir em organismo. Preparar. Estabelecer as bases de. Tomar forma regular; constituir-se; formar-se.

Organizar é o que comecei a fazer com a minha vida esses dias. Não que ela estivesse um descontrole total, uma bagunça como estava meu guarda-roupa. Ao contrário, minha vida sempre esteve em ótima sintonia com o mundo e eu estou sempre muito satisfeita com ela. Mas nesses dias eu descobri que haviam pequenas coisas no meu dia a dia que me incomodavam. Coisas simples, de muito fácil resolução. Coisas tão simples que talvez por este fato eu sempre as adiava.

Resolvi organizar minha vida. Organizar sentimentos, cartas, desejos, papéis, amizades, roupas, livros. Resolvi pôr tudo isso em ordem. Comecei a cuidar de mim. Fiz compras, me dei um pouco de luxo. Coisa que nunca faço por ser muitíssimo controlada. Arrumei meu quarto que já fazia tempo que estava precisando de uma faxina. E, da mesma forma que estou arrumando minhas coisas em suas determinadas gavetas estou copiando isso na minha vida. Simplificando as coisas, deixando-as mais acessíveis, mais fáceis.


terça-feira, 21 de julho de 2009

Permita-me.

Permita-me parar um pouco de falar sobre o amor. Sobre tristeza, sobre saudade, mentira, falsidade. Permita-me esquecer, por agora, que tudo isso ainda existe e que eu tenho um coração que palpita no meu peito. Deixe-me ser um pouco luxuriosa e dizer que comprar vicia. Deixe-me cuidando da minha pele, dos meus cabelos, da minha vida. Deixe-me sair um pouco com minhas amigas e dançar um batidão de funk. Eu não quero mais saber, nem cogitar o que as pessoas sentem por mim ou o que deixam de sentir, isso pouco importa. Vou deitar e dormir até tarde, começar a malhar, comprar uns óculos e gastar minha indenização em coisas que me deixem mais bonita. Como diz o brega que eu aprendi em seu bairro: “vou me valorizar”. Eu cansei de ser a menina legal com um coração bom, cansei de ser a garota pouco fútil que você não dá a menor bola, cansei de te olhar de forma significativa e de tentar te dar as costas enquanto você aproveita pra olhar a minha bunda.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Quem avisa, amigo é.


Cara, você devia prestar mais atenção nela. Na forma que ela mexe os cabelos e os joga para trás, na forma como ela te olha cheia de desejo carinho. Já percebeu quando ela ta em dúvida? A forma tão singular que ela morde o lábio inferior? O jeito que ela te abraça, o cafuné dela nos teus cabelos, a atenção que ela tem a tudo que te interessa.

Você devia prestar atenção nas lágrimas dela, no jeito intelectual que ela adquire enquanto estuda na faculdade e ensina a matéria aos amigos. Devia vê-la dormindo e tudo que ela pensa antes disso. Você devia vê-la tomando banho, escovando os dentes, se hidratando, se vestindo e até se despindo. Devia vê-la brigando e acordando.

É sério cara, você devia vê-la falando de você, devia ver a cara dela quando sente o teu perfume ou sentada na cama olhando o céu pela janela. Você devia vê-la escrevendo, rindo, gargalhando. Devia perceber que às vezes o nariz dela tem vida própria e que a dentição dela também não é perfeita. Perceber que ela rói unhas e você tem a maior parcela de culpa nisso. Devia vê-la angustiada, ver os olhos dela marejados sem derrubar uma lágrima.

E quando ela sai. Devia estar na mente dela. Entender porque ela não vê graça em mais ninguém e observar a forma sutil e delicada que ela esnoba cada pretendente. O jeito desengonçado que ela dança, o olhar de canto, o sorriso meia boca.

Você devia saber o medo que ela tem que você se apaixone por alguém, por uma qualquer, por uma conhecida ou até por uma amiga dela. Devia sentir aquele coração palpitando só de pensar nisso.

Cara, você devia parar, pensar, experimentar olhar pra ela.

[se eu fosse homem, era mais ou menos isso que eu diria a ele]

[15.07.09]

terça-feira, 14 de julho de 2009

Algumas coisas que descobri.


Nunca se dedique tanto a ninguém que você conheça, pois invariavelmente você vai esperar a mesma dedicação de volta e poucas vezes vai recebê-la. Se dedique aos que precisam, aqueles que você não vai encontrar depois, aqueles que você não tem como esperar gratidão. Você pode até argumentar que se deve dedicar-se a quem se ama, por puro amor. Mas não se engane, quando você precisar você vai esperar aquela dedicação de volta.

Nem sempre leve os médicos e suas doenças e viroses muito a sério, a maioria das nossas mazelas é puramente espiritual. Nunca peça aos céus algo que você não tem certeza que quer, pois seu pedido vai se realizar exatamente nesses casos. Quando estiver precisando de Deus nunca procure pessoas que sirvam de ponte ou instrumento de fé, procure dentro de você que há de encontrar. E, se você não acredita em Deus converse com seu próprio coração; na minha humilde opinião, dá no mesmo. Quando quiser se distrair sintonize a rádio em qualquer estação que proclame o nome divino. É tanto charlatanismo, tanta psicose e poder de persuasão que te entreterá por um longo período. Não ache que toda e qualquer coisa é um sinal. Não acredite em tudo que lê, vê ou escuta. Procure dar uma chance para novas escolhas. Não tenha medo de sofrer novamente. Só mate formigas quando elas te provocarem primeiro e se tiver algum tempo livre, observe-as. Conheça novas pessoas, novos estilos de vida. Se permita descobrir. Nunca descarregue seu negativismo em ninguém; lembre-se, ele é SEU. Arrote mortadela. Acredite em estrelas cadente, elas existem! Descubra o prazer de ler e escrever. Não tenha a pretensão de achar que as pessoas estão te desejando mal, que esse período ruim da tua vida é por causa de inveja ou olho gordo. Acredite, todos estão preocupados demais com o próprio umbigo, além de quê só você tem o poder de se destruir. Só te atinge aquilo que você permite.

Pinte, acredite no poder das cores. Preserve os amigos. Pare de pensar tão mal dos outros. Perdoe os verdadeiros amigos SEMPRE que eles precisarem do seu perdão. Aprenda a pedir desculpas mesmo quando estiver certo, nunca sabemos o que pode ter magoado o próximo. É melhor pecar pelo excesso. Sinta-se bem. Seja sincero. Fale o que sente, li que falar alivia as dores emocionais. Se quiser, proclame ou experimente escrever, ambos geram o mesmo resultado. Aproveite as oportunidades, mas se deixar alguma passar se agarre na próxima. Se embriague uma vez na vida. Melhor, faça quase tudo uma vez na ida. Elogie. Não discuta quando estiver com raiva. Prefira o ódio à indiferença. Cante. Seja humilde. Sorria. Se cuide, ninguém fará isso por você. Ame. Agradeça nem que seja a si mesmo. Não faça com os outros o que eles fazem com você. Quando estiver triste escute músicas em qualquer língua que você não domine, ao menos você não vai chorar naquele trecho que foi ‘feito pra você’. Crie vínculos. Faça planos ou não, quase nunca a realidade os segue. Permita-se viver em outra pessoa e tente, sempre, admirar ao menos uma qualidade no outro, mesmo que você não simpatize por ele. Mas nunca, nunca leve à sério nada que uma menina de dezenove anos escreve madrugada a fora.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Vergonha de Amar.


Pobre ou rico. Feio ou bonito. Popular ou excluído. Vamos todos parar no mesmo buraco. Com alguma decência dentro de uma caixa de madeira, podendo esta ser luxuosa ou não. Faz alguma diferença?

Vivemos num parêntese do tempo. Passamos nossos dias colecionando amores, comprando roupas, fazendo economias, estudando formulas perfeitas, lendo livros de auto-ajuda. Tudo isso numa busca desesperada pela tal felicidade. Não falamos o que queremos falar e gritamos o que devemos calar. Pensamos inúmeras vezes antes de proferir uma palavra de afeto e falamos sem pensar a primeira palavra que vem à cabeça e magoa a quem amamos.

Hoje percebo que temos medo de amar. Vivemos bitolados em nos tornarmos pessoas fortes, auto-suficientes e solitárias. Não admiramos mais as grandes famílias.

Aquele ‘eu te amo’ que eu queria ter dito quando estava deitada a teu lado, na tua cama, travou na minha garganta. Travou porque eu não sabia se era certo falar. Travou porque eu não tinha certeza. Mas é que esse tipo de coisa não é mesmo pra ter certeza. Naquela hora era aquilo que eu sentia e pronto. Por mais que daqui a duas horas eu não amasse mais, naquele momento eu te amava mais do que tudo no mundo. Se eu te dissesse que te amo, seria sincero e você tinha o direito de saber disso, você tinha que me ouvir dizendo isso. Mas enfim, o ‘eu te amo’ voltou ao coração me ferindo internamente. Só porque eu não quis me mostrar frágil... Mas quem disse que amar é fragilidade? Amar é fortaleza! É preciso ter coragem para amar, é preciso ser forte; e se não for assim, da forma que eu penso, então me responda ‘quem aqui é forte?’.

Quando amamos fingimos que não amamos. Quando não amamos fingimos que amamos. Tá tudo ao contrário. E quando você percebe, pronto, acabou.

Não espere que eu comece a dizer o que você deve, ou não, fazer enquanto está aqui gozando da arte de viver. Não espere porque eu não o sei. Sou pessoa falha, cheia de mentiras, cheia de feridas não cicatrizadas. Não tenho a pretensão de te dizer o que fazer antes de você deixar a existência para trás. Quem sou eu pra dizer como se deve viver? Mas acho, sinceramente, que existe algo que todos temos que perder. Temos que perder a vergonha de amar.

domingo, 5 de julho de 2009

Angústia.

Segundo o Aurélio, angústia é: ansiedade física acompanhada de pressão dolorosa, agonia, ansiedade, apreensão, aperto. Inquietude profunda que oprime o coração.
Angústia é o que você sente quando fala o que deve e nem ao menos ouve o que não quer. É ter ciúme e não poder cobrar. É esperar você ligar e o celular não tocar, ouvir uma música e ter vontade de chorar. É se sentir fraco, burro e incapaz.
Angústia é uma coisa dolorida bem no meio do seu tronco, é aperto e medo. É o que eu sinto agora enquanto penso em você. É o medo de nada dar certo, mesmo sabendo que no fim sempre dá.
Angústia é meu coração apertado por você me ignorar, é ver teus passos largos e não poder acompanhar, é se trancar no próprio quarto e não conseguir chorar. É o que eu sinto quando saio à noite em busca de diversão, é querer falar sim dizendo não. É te querer de qualquer forma, mesmo não te suportando. Angústia é a decepção que você cultivou em mim, é não saber se te amo ou não. É ter que ignorar o meu próprio coração.
[05.07.09]

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Preocupação?


Eu, sinceramente, queria perguntar o que houve. Meio por preocupação com aqueles olhos sedentos, meio que por sede de perceber que as coisas não se encaminharam muito bem pra ele. Mas guardei meu veneno lá dentro de mim.

Mulher Bem Resolvida.


Não procuro amores perfeitos, homens com corpos esculturais e nem um pingo de massa encefálica. Não procuro uma boquinha para beijar nos finais de semana e muito menos alguém que apenas me faça sentir que posso ser "amada". Eu não quero um troféu.
Realmente, mulheres resolvidas e bem decididas assustam os homens; os que não podem com uma mulher assim. Os que precisam de uma mulher que no fundo necessite de meia dúzia de palavras banais. Esses assustam-se porque sabem que uma mulher bem resolvida também é feliz sozinha, uma mulher bem resolvida não vai colocar outro no lugar dele apenas para preencher um cargo desocupado ou provar que "está por cima". Pois, uma mulher decidida não ocupa espaços, ela dá a mão a alguém que possa seguir em frente, o seu lado.

Mais uma lunática.


Agora, revendo todas as minhas atitudes desde o primário eu pude perceber que sou extremamente sentimental.
Sim, eu procuro um amor desses de filme água-com-açúcar; desses que acontecem a todo momento, em todos os lugares, menos com você. Sim, eu procuro um amor desses melados, cheio de carinhos e apelidos bregas. Um rapaz de família, com algumas marras e poucas manias, que repare no meu jeito de sorrir e na cor dos meus olhos. Melhor que não apenas repare, mas que fale disso. Um alguém que saiba muito de mim e ainda assim me ame. Alguém que note meu estado de humor e meus desejos assim que pousar seus olhos nos meus. Alguém que ao me abraçar esqueça o resto do mundo e me carregue junto.
Vamos, fale o que quiser; ria de mim, essa boba que vos fala. Mas eu tenho sonhos, milhares deles. E tenho medo de nunca poder compartilhar minha vida com alguém. Fazer planos, criar filhos, me orgulhar do passado. Qual a graça de viver só, pra sempre? O que impulsiona a vida é a busca da felicidade que a gente encontra no outro. Pois existem dois tipos de felicidades: um que fica escondidinho dentro da gente e um que a gente busca escondidinho dentro da pessoa certa. É preciso dar e receber amor. Amor de parceiro, amor de homem e mulher. Esse amor é essencial. E eu? Eu sou mais uma romântica-lunática daquelas que dormem com esperança no peito após um final feliz.


[16.11.08]

A Menina.


Era uma noite de chuva. Agarrada aos seus livros e casaco ela caminhava a largo passos. Olhando para o lados, com cheiro de medo. O caçador estava na próxima esquina farejando, perseguindo aqueles olhos amedrontados. Sentindo um aperto no peito e um forte cutucar em sua nuca, ela começou a correr, desesperadamente, em frente. Mas à vezes até a nossa própria razão nos empurra para a morte.
[22.02.09]

Meu Você.


Olhei através da janela e a flor me sorriu
Observei passáros, àrvores e o cheiro do vento
E eu me senti completa porque encontrei meu você
E ele sempre esteve comigo, sempre!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sofia e Samuel.


Ele tocou as mãos dela. Olhou profundo em seus olhos e disse que a amava. Sofia engoliu seco. Aliás, a única coisa com vestígio de água naquilo tudo eram os olhos de Samuel. Ela tentou desviar o olhar, mas isso não tirou o peso de suas costas. O olhar dele era constante, à espera de um resposta.

O Grito.


Completamente perdido; era dessa forma que se encontrava. Já tinha feito de tudo nessa vida, mas nada o completava. Entrou numa rua estreita, a luz do poste apagou e ele ficou imerso na escuridão. Um negro infinito, a não ser por seus olhos. Aqueles olhos possuíam um grito que reverberava aos quatro cantos.

Um tipo de mulher.


Eu não queria ser o tipo de mulher que não se olha uma vez só.
Eu tô cansada de escutar de todo mundo que sou linda, que sou legal, que sou simpática e inteligente. Que ninguém passa por mim sem virar pra olhar novamente. Eu preferia ser do tipo de mulher que se olha uma vez só e nunca mais muda a direção do olhar. Não preciso que estejam me olhando várias vezes se nunca olham de verdade. Prefiro um olhar só, cheio de sinceridade.

Ê vidão.


Ê vida cheia de burocracias que se transformou a nossa. É fila no banco, é papel pra assinar, documento que comprove, menino pra cuidar. É tanta coisa pra prestar atenção que se você não procurar outras distrações no dia-a-dia, sabe você pode até enlouquecer.


quarta-feira, 1 de julho de 2009

O Sorvete.


É como ter o sorvete inteiro, num dia quente de verão, e só querer comer a cereja. Parece burrice, não é? Mas quem está fazendo a escolha é você.