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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Umbigo.


É tão engraçada a forma como as pessoas me olham. Sempre esperando alguma reação ou indigestão, sei lá.
Algumas vezes tão preocupados com os próprios umbigos. Não se dão conta que cultivam a prova de algo que já deixou de existir. A prova de um canal que ligava seu corpo à vida. Acordar deveria ser palavra de ordem instituída pelo governo. Deveria circular por todos os meios de comunicação e na faixa de pedestre. Nos metrôs e se não fosse pedir demais cada um deveria tatuar na testa: ACORDE. Tem essa história que tem lei não pega aqui no Brasil. Instituísse a pena de morte pra quem não acordasse então. Matar quem não vive. Matar quem perde a chance de viver. Quem deixa de viver mata a si mesmo e aos mais próximos. De forma bem acentuada eu fui um pouco longe demais. Mas que tal privar da liberdade os que não vivem. Se não vive, ser livre pra quê?
Talvez a grande maioria das pessoas não se dêem conta que seu próprio umbigo é apenas o que comprova que um dia você precisou de alguém pra viver. E que a sua vida, só dependia dessa pessoa. O seu próprio umbigo deveria servir pra lembrar que isso acabou. Você continua precisando dos outros. Mas agora, sua vida depende única e exclusivamente de você.
Tem algum cordão umbilical de prendendo na frente desse computador?
Necessitamos das relações, mas elas só existem se nos relacionarmos.
Aí depois você fica me olhando, com essa cara de platéia esperando meu próximo furo. Só porque eu vivo? Acerto e erro como uma bailarina rodopiando? E você fica aí só esperando.

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