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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

As decepções alheias estão me fazendo pensar se tudo isso vale mesmo essa pena tão grande. Acompanhar o que acontece com a vida de todos, tao próximos, me faz pensar se eu sou tão sortuda assim mesmo. Me faz ter medo do que pode acontecer, como se eu só devesse esperar até acontecer. Dizem que acontece com todo mundo mesmo, mais cedo ou mais tarde.
Investir tanto pra quê? A decepção parece acompanhar todos os relacionamentos. Só que alguma pessoas descobrem isso cedo, outras passam quase uma vida inteira. É o que parece. Parece que ninguém mais se respeita, mas acho que foi sempre assim. E eu acho que não daria pra mim. Admiro quem passa ileso, mas eu não sou tão admirável. 
Talvez a roupinha vermelha na saída da maternidade dê tanta sorte assim. Talvez isso não tenha nada a ver com sorte, mas com vida. Pelo comportamento humano é o que parece. É a ordem natural das coisas: você nasce, cresce, se desilude e morre. 
Nada nessa vida mudou, se mudou foi pra pior. A mulher não deveria ter orgulho nenhum de ter se igualado aos homens em certos pontos. Minha mãe sempre disse que eu devia me espelhar nos melhores e sabe, ela estava certa. Algumas coisas não devem ser copiadas, devem ser extirpadas. São como um câncer na sociedade, daqueles que não têm cura. 

O mal que me acomete.


No dia em que você estiver com a casa desarrumada, me ligue e me faça raiva. Simples assim.
Sentir ódio provoca um bichinho doentio por limpeza dentro de mim.
Não sei desde quando esse mal me acomete, mas acho que no final das contas não é tão mal assim.
A primeira vez que percebi isso foi num final de semana na praia. Tive tanta raiva de um colega de uma amiga que saí limpando a casa de praia toda. Até pano eu passei no chão. Não sou doente por limpeza, até que me façam raiva.
E é assim. Se eu não tiver o que arrumar, chuveiro. Tomo um banho daqueles! Acho que eu me sinto lavando a alma, tirando aquele ódio de dentro do coração, jogando tudo fora, sendo levado pelo ralo. Me sinto melhor depois.Cansada, mas limpa. É, acho que a palavra é essa mesmo. Me sinto limpa de toda aquela raiva que pouco antes tomou conta de mim. Se todos os males se resolvessem com um bom banho ou uma boa faxina, hein? 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014


Os cataventos giram e giram sem parar, quase não dá pra ver as hélices, são apenas borrões que se misturam numa velocidade indescritível.
E eu só quero ir mais rápido, quero que a vida acelere, tudo parou de repente e nada mais é novidade.
Não faz diferença se os cataventos giram mais devagar quando o vento diminui, eu quero velocidade no vento, com os cataventos eu não me importo.
Mas olho a minha volta e... o que é isso? Toda essa gente esperando, olhando, que diferença faz? Nenhuma. Não pra mim.
Não, acho que "quero a sorte de um amor tranquilo". Não sei pra quê. Não me pergunte o que posso fazer com isso porque eu não sei. Ainda é tudo novo pra mim e acho que preciso de um tempo para me adaptar. Nada é tão simples assim. Só sei que quero porque toda tentativa de não querer é e sempre será vã. Porque parece que é assim que tem que ser por causa de alguma força suprema. É desse tipo de coisa que a gente não questiona, a gente sente e pronto, tá sentido e não há nada que possa ser feito, ou você sente e deixa ou você luta contra pra sempre, em vão.
O mais difícil é não saber onde isso vai levar e eu entendo aqueles que lutam e lutam pra sempre. São medrosos covardes, controladores da própria vida, têm medo do que podem fazer a si mesmos, têm medo do prazer que podem sentir, têm medo de que tudo venha acompanhado de dor. A probabilidade é grande demais pra arriscar. Só loucos inconsequentes, verdadeiros sanguinários embarcam numa viagem sem volta como essa.