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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sete.


Se fosse uma semana seriam sete, dias.

Se fosse uma gestação seriam sete, semanas.

Se fosse julho seriam sete, meses.

Se fosse uma criança seriam sete, anos.

Se fosse um gato seriam sete, vidas.

Se fossem capitais seriam sete, pecados.

Se fosse um segredo seria a sete, chaves.

Se fosse uma família seriam sete, irmãos.

Se fossem tentativas seriam sete, vezes.

Se fosse uma escada seriam sete, degraus.

Se fosse um jogo seriam sete, níveis.

Mas somos só nós dois.

Eu, você e ninguém mais.

São sete meses, dia a dia, todas as semanas.

Serão mais sete anos, nossas vidas.

Com pecados?

Alguns, às vezes. Guardados a sete chaves, irmãos dos desejos e da carne.

É o sétimo degrau do nosso amor, apenas o sétimo nível.

Eu te quero pra sempre, com seu sorriso sincero, com seus olhos amáveis, com seu abraço apertado.

São sete meses, amor.

Os sete mais maravilhosos do mundo.

E então eu posso resumir o que sinto em sete, letras: EU TE AMO.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Só hoje.


Eu sei que mais ou menos dia essa tristeza vai passar.
Eu vou voltar a sorrir até as bochechas doerem e vou te ameaçar de novo, pela décima vez.
Eu sei que esse cansaço vai acabar, que eu vou querer mais do que minhas pernas podem alcançar.
Mas agora deixa eu curtir esse baixo-astral, esse desânimo, essa coisa sem graça que foram os últimos dias e hoje, em especial. Me deixa desejar que eu ainda pudesse deitar no colo da minha mãe e chorar, dizendo que perdi meu lápis de cor vermelho. E ali mesmo adormecer enquanto ela cantava uma cantiga de ninar.
Hoje eu só quero ser fraca e poder demonstrar fraqueza pra quem quiser ver. Virar até artista de circo por isso. Hoje, deixa quem quiser ver que eu choro sim. E que meu nariz e minha boca ficam vermelhos, enquanto os olhos inundam.
Hoje me deixe dormir soluçando, amanhã quem sabe até acordo cantando. Mas hoje, me deixa ser eu.

Desonestidade.



Odeio fingir.

De verdade, odeio hipocrisia. Sorrir pra agradar me dá dor nas bochechas.

Sim, sou política. Acho que minha personalidade nunca tinha sido tão bem descrita. Agrado aqui, agrado lá. Tento cobrir três santos sem descobrir o quarto. Mas eu odeio falta de reciprocidade. Eu odeio levar alguém à sério quando não deveria ter levado. Na verdade, eu odeio me enganar com as pessoas.

É como se gritassem no meu ouvido: “ô babaca!”

Odeio ser acertada pelas costas. Odeio quando planejam contra mim e mais ainda quando eu não espero. Odeio ser surpreendida!

Eu to triste, mas eu não chorei. Sei que vou acabar fazendo isso, ainda que seja num momento em que não tenha motivos. Sei que vou escutar que é TPM. E sei também que existem coisas que a gente pode até pensar, mas não fala. Por respeito, por atitude, por poder mostrar a cara, abrir um sorriso e olhar nos olhos. E eu sou assim... Sou política e sei forçar sorriso, ainda que resulte em dores musculares. Mas eu nunca vou saber fingir um olhar sequer.