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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Carta de amor.



Meu amor, eu tava assistindo aquele filme que insisti tanto pra você ver comigo outro dia, mas acabamos assistindo A Lista de Schindler, Ps.: Eu Te Amo. Chorei, chorei, chorei. Nossa, como é triste ver alguém sofrendo porque perdeu a pessoa amada. 
Daí, em meio a lágrimas, resolvi te escrever. De qualquer forma, sem preocupações, sem lições, só te escrever. Tentar dizer o quanto te amo, o quanto você é especial. Não sei se consigo. Na verdade tenho certeza que não consigo, mas vamos lá.
Eu amo a forma como você me olha. Seu sorriso relaxado e o seu sorriso de nervoso quando sabe que tá prestes a levar um beliscão. Você sabe a pressão exata com a qual deve beijar minha testa. É tão terno, tão paternal. Eu amo quando você diz “minha linda”. Ou seja, sempre.
Sabe, meu amor, é tão bom ter conhecido você. Eu tive tanta sorte. Tanta sorte de encontrar meu par, minha companhia, minha vida mesmo – como eu costumo dizer.
Você me traz tranquilidade, Túlio. Você me ensinou a pensar no futuro. A planejar no lugar de sonhar. Você me mostrou que eu sou capaz, que as coisas são possíveis sim, desde que eu me esforce para consegui-las. Mostrou-me que há um futuro, nosso futuro.
Obrigada por me segurar, por me equilibrar. Eu amo não conseguir ter raiva de você. Sabe, você faz tudo errado em certas horas. E eu fico com raiva. Muita raiva! Aí você sorri, me puxa, me chama de “linda”, de “princesa”, diz “olha a cara dela, Túlio, ela tá com raiva de tu”. Ai, esse teu jeitinho de falar sobre si mesmo na terceira pessoa, como se você não fosse você, como se, na verdade, fosse eu pensando.
Eu adoro quando você me põe pra dormir, quando você fica do meu lado por mais rabugenta que eu esteja, sua massagem, seu abraço, seu romantismo. Adoro quando você coloca qualquer música dos Beatles no som do carro, põe sua mão na minha perna, segura minha mão e passa a marcha sem me soltar.
Eu amo sua segurança, seu nariz de seta, a forma com a qual você se comporta quando percebe que mais alguém tá olhando pra mim. Amo quando você briga comigo me chamando de volta pra realidade, quando me elogia dizendo “você foi muito bem, minha linda” e também quando me tranquiliza dizendo “você tá preparada sim, minha princesa”.
Obrigada por me deixar dormir ao som de Elvis e com você por perto. Obrigada por me acordar com tantos, tantos beijos e me aninhar nos seus braços.
Obrigada por se preocupar comigo. Obrigada por me escolher.
Eu poderia passar mil anos escrevendo cada mínima coisa que eu amo você e o quanto eu sou feliz por ser sua, mas eu ainda vou ter muito tempo pra fazer esse tipo de coisa, né?
Eu te amo, Túlio Moreira. Você é a razão de tudo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Seis de Setembro de Dois mil e doze.








E de repente ficou tudo muito longe.
As conversas de bar. A filinha pra atravessar a pista da balada. O telefonema nosso de cada dia. O sempre ter o que fazer. Os choros. As comemorações. A amizade. A cumplicidade.
Tudo ficou tão distante que parece um sonho. Como se nunca tivesse existido. Será que é certo?
Não sei.
Não sei o quanto essas mágoas escavaram nossos corações. Não sei o quanto de bobagem já foi dito a respeito. Não sei quanto desrespeito já pode ter havido. Nem sei quanto de confiança ainda há.
Só posso dizer o que houve, porque não respondo nem por mim. Mesmo depois de um ano inteiro os sentimento ainda se confundem no meu coração.
Essa tal de amizade deve ser mesmo da família do amor. Porque só pode! Se não fosse amor era mais simples.
E quem diria? A gente que sempre se apoiou tanto, que sempre se deu força nos lances mal resolvidos que a gente se metia, não fomos suficientemente maduras para resolver nossos próprios problemas. E problema mal resolvido é como neve que vai acumulando e ninguém tira. É como deixar a barba ir crescendo – e incomodando, e pinicando.
Porque não há nada no mundo inteiro que pinique mais do que o amor.
Não há nada no mundo inteiro que destrua mais que o amor.

Esse dia é um marco, vai ser pra sempre.
Um marco porque há vinte e poucos anos nascia uma das pessoas mais importantes da minha vida. Aquela que eu chamava de Best, porque era a melhor mesmo, sem a menor sombra de dúvida. Que sabia tudo, tudo, tudo a meu respeito. Aquela amiga que eu pedi tanto a Deus.
Um marco porque há pouco mais de 360 dias meu mundo caiu. Ou melhor, uma parte dele. Me deu vontade de chorar e eu engoli. Me deu vontade de brigar e eu sorri. Me deu vontade de xingar, mas eu fingi. Um tiro certeiro num confiança velada. Confiança que nem pôde ser desgastada, foi de cara arrebatada.
Hoje, como tantos outros seis de setembro, é uma data importante e inesquecível.
Feliz seis de setembro. Hoje faz um ano que tudo começou.