Encontre aqui.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

30.01.2009


Não sei, eu tava bem.
Mas essa chuva, o friozinho no quarto, a cama enorme e só minha e a péssima programção da tv me arrasaram profundamente.

Não sei, me senti só.

Um vazio no peito.

Um abraço no travesseiro. Acabei pegando no sono.
Acordei melancólica.
Vai ver foi o tempo, a tensão pré-menstrual.

Só sei que senti falta de coisas que ainda nem vivi. Um friozinho e um aperto no peito e uma louca vontade de voltar pro útero da minha mãe e ficar em posição fetal.
Saudade do sangue quente, da verdade.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Com meus botões.


O preto no branco. Era assim que nós gostavámos das coisas. Mas, por um algum período a gente não fez valer isso, o que prejudicou todo o final.

Venera.


Ela nasceu por puro acaso. Uma desgraça para a humanidade. Aparentemente linda e inofensiva. Ela é só mais um produto do mundo. Aos dez anos descobriu que podia ser mulher, uma mulher como nenhuma outra. Descobriu malícias e desejos, o amor e o ódio ainda muito nova. Passou de menina zombada à mulher cobiçada em questão de meses, talvez isso tenha afetado a sua cabeça. Mas acredito que não. O sangue dela já ardia dentro das veias!

Ela não quer o seu mal, ela quer o bem dela. Mas, se o bem dela depender do teu sofrimento... Eu sinto muito.

Olhos negros e profundos, mãos que dançam ao teu redor, língua àvida por vida. O nome dela é Venera e ela não perdoa. Venera deseja apenas a pulsação, o calor, a vontade. Ela é capaz de te fazer falar exatamente o que ela quer ouvir. Pode entrar no teu jogo só pra te iludir. Talvez por ter o sangue fervilhando no corpo, como ela, você possa entendê-la. Mas não vacile, nunca! Ela pode invadir tua mente no meio da noite e apertar teu coração numa angústia sem fim. Não se engane, Venera quer sangue. E ela só se dará por satisfeita quando teu pescoço estiver pendendo para o lado enquanto é tragado por suas presas, e teu líquido quente e viscoso escorrendo por todo o corpo.